António Parada (Chega) garante “oposição cerrada” em Matosinhos após vitória do PS
Porto Canal/Agências
O cabeça de lista do Chega à Câmara de Matosinhos, partido que elegeu pela primeira vez dois vereadores, garantiu que irá fazer uma “oposição cerrada” e defender “intransigentemente” o interesse dos matosinhenses.
“De forma democrática, irei fazer oposição cerrada à Câmara de Matosinhos, pois elegemos dois vereadores e, por isso, estaremos aqui na defesa intransigente do interesse coletivo de Matosinhos”, disse António Parada, que nas eleições autárquicas de 2021 havia sido eleito como independente.
Questionado sobre se estava à espera de melhor resultado, António Parada referiu que, apesar de o resultado ser bom, estava à espera de melhor.
“Elegi dois vereadores, portanto, o resultado é bom, mas uma verdadeira vitória era ganhar a câmara”, atirou.
Já sobre a maioria alcançada pelo PS que, nestas eleições autárquicas ganhou a câmara, a Assembleia Municipal e as 10 freguesias, António Parada assumiu “não perceber como é que o PS conseguiu essa maioria”.
“Não percebo como é que o PS consegue ter uma maioria com o estado desastroso desta governação, mas tenho que respeitar a vontade dos matosinhenses. É isto que eles gostam”, concluiu.
O Chega ganhou pela primeira vez representação na Câmara de Matosinhos, depois de conseguir 11.472 votos (13,81%), tornando-se na terceira força política.
O PS, sob a candidatura de Luísa Salgueiro, ganhou no concelho com 37.266 votos (44,87%), mais 6.893 do que em 2021, e seis mandatos, menos um do que nas últimas autárquicas.
Concorreram à presidência da câmara nove candidatos: Luísa Salgueiro (PS), Bruno Pereira (PSD/CDS-PP), António Parada (Chega), CDU (José Pedro Rodrigues), BE (Pedro Filipe Soares), Livre (Diana Sá), IL (Filipe Garcia), PAN (Hugo Alexandre Trindade) e ADN (Vasco Martins).
Destes, Livre e ADN entraram na corrida à autarquia pela primeira vez.
Em 2024, residiam neste concelho, com 62,42 quilómetros quadrados, 181.046 habitantes, número que tem vindo a aumentar desde 2020, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
