Candidato do ADN no Porto assina manifesto com homólogos de Gaia e Matosinhos
Porto Canal/Agências
O cabeça de lista do ADN à Câmara do Porto, Frederico Duarte Carvalho, assinou esta terça-feira um manifesto especial inspirado do grupo Bilderberg para acordar políticas comuns com os candidatos do ADN de Gaia e Matosinhos e garantir a “ordem, liberdade e qualidade de vida” aos cidadãos.
“À semelhança do grupo Bilderberg para o mundo, eu desafiei os candidatos do ADN que fazem parte do Grande Porto que, para já ainda são três. Eu e mais outros dois e fizemos o G3 (…). À semelhança do grupo Bilderberg, nós vamos fazer o grupo do Guindalense”, disse o candidato do ADN (Alternativa Democrática Nacional), Frederico Duarte Carvalho, em declarações à Lusa.
Segundo reconheceu o candidato, a ideia do grupo do Guindalense partiu de uma conversa com Rui Moreira (atual presidente da Câmara do Porto) e inspirou-se no Grupo Bilderberg, que foi fundado num hotel em 1954, e que junta políticos e empresários dos EUA e da Europa para todos “discutirem o rumo do mundo”.
“Durante muito tempo, Pinto Balsemão escolhia os membros que levava ao grupo Bilderberg e levou pessoas que chegaram a primeiro-ministro antes de serem primeiros-ministros, nomeadamente José Sócrates, António Guterres, Durão Barroso, que até é agora o representante português no grupo Bilderberg”, recordou o candidato do ADN.
No manifesto, assinado pelos candidatos do ADN às Câmaras do Porto, Gaia e Matosinhos, e que a Lusa teve esta terça-feira acesso, pode ler-se que “acordaram entre si o compromisso de debaterem políticas comuns e coordenadas de modo a garantir a ordem, liberdade e qualidade de vida aos cidadãos dos seus municípios e, com tempo, alargar esse compromisso aos restantes três municípios do Grande Porto – Maia, Gondomar e Valongo”.
Os problemas em comum dos municípios passam pela “mobilidade, planeamento urbanístico, segurança, ambiente, cultura, desporto e tudo o que esteja associado à qualidade de vida”, indicou Frederico Duarte Carvalho.
O grupo Guindalense não pretende substituir-se a qualquer organização governamental ou regional constituído, ou que se venha a constituir, sublinha o candidato do ADN.
O propósito deste grupo é “debater políticas comuns que sejam transversais aos interesses de todos e lutar contra políticas globalistas ditadas por agendas internacionais e que são contrárias à identidade e geografia local”, lê-se no manifesto assinado pelos três candidatos: Frederico Duarte Carvalho (Porto), Rui Sequeira (Gaia) e Vasco Martins (Matosinhos).
“É um ‘think tank’ para o Porto. Um grupo de debate, de discussão. É constituído hoje aqui no clube Guindalense, para guindar o Porto simbolicamente e dizer que nós estamos unidos”, assinalou.
Frederico Duarte Carvalho desafiou os outros partidos a mostrarem que “também estão unidos no Grande Porto” para saber se falam entre eles dos “problemas comuns”, elencando como problemas comuns daqueles municípios “a poluição”, “mobilidade” e a questão das “regras para o setor do turismo”.
“Se for um município a dizer isso é apenas um, agora, se forem os cinco municípios a dizer isso, já é diferente. É outra experiência”, disse, acrescentando que, ao fim destes anos todos, este manifesto “é capaz de ser um primeiro grande passo para algo verdadeiramente nacional e algo verdadeiramente local, para os problemas nacionais e locais que nós temos”.
Concorrem à Câmara do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU - coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro - coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto - independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).
O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
As eleições autárquicas realizam-se no domingo.
