Bloco de Esquerda do Porto denuncia “golpe em campanha eleitoral” com metrobus

Bloco de Esquerda do Porto denuncia “golpe em campanha eleitoral” com metrobus
| Porto
Porto Canal/Agências

O cabeça de lista do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara do Porto denunciou um “golpe em campanha eleitoral” com a suspensão, pela administração da metro do Porto, das obras da segunda fase do metrobus.

“O que se passou agora é um ato absoluto de campanha eleitoral, não é mais nada. Pedro Duarte, e o PSD, estiveram calados o tempo todo, nunca foi assunto nem no executivo nem na assembleia municipal”, disse Sérgio Aires à Lusa.

O candidato, que falava à margem de uma ação de campanha junto de trabalhadores da Casa da Música, criticou o “claro golpe de campanha eleitoral” e os “disparates” ditos pelo candidato do PSD/CDS-PP/IL, quanto à participação decisiva do autarca eleito em 12 de outubro no rumo das obras.

“Apanhou-se com um Governo da sua cor política e há de ter feito qualquer coisa para que isto acontecesse. O novo presidente [Emídio Gomes, apoiante de Pedro Duarte] é nomeado quarta-feira, hoje é sexta-feira e já temos uma solução. (...) O município não pode dizer: ‘não queremos o metrobus’. Pronunciou-se quando tinha de se pronunciar, e isto é uma obra da Metro, do Estado. (...) O município pode, e deve, minorar impactos que considere negativos. Ninguém está de acordo com o abate de árvores”, acrescentou o atual vereador, eleito em 2021 e que procura seguir no executivo municipal.

Sobre o metrobus, sustentou, o Bloco “expressou a sua opinião muitas vezes”, não tendo gostado “do projeto inicial” nem sendo fã do final.

“Dito isto, depois de aprovado e de haver consenso, avance-se e faça-se, porque há ganhos ambientais e de um serviço que não existia”, apontou, criticando as “resistências” a que “o povo descesse à Foz”.

“Há uma coisa que as pessoas têm esquecido: isto é um financiamento comunitário, para um objetivo climático muito específico, de emissões zero. Esta coisa de parar a obra, de não querer fazer, é muito bonito agora, na campanha eleitoral, porque depois toda a gente porá aquilo a funcionar. A União Europeia não ficará calada se fizermos o que nos apetece ou não fizermos”, afirmou.

A Metro do Porto anunciou esta sexta-feira que decidiu fazer uma “paragem técnica temporária” da obra da segunda fase do metrobus, que arrancou em 22 de setembro.

As obras da segunda fase do metrobus arrancaram no corredor Bus dedicado da Avenida da Boavista, no troço compreendido entre a Rua Jorge Reinel (junto ao Colégio do Rosário) e a Avenida do Dr. Antunes Guimarães, e têm sido alvo de contestação, quer por parte de candidatos à presidência da Câmara do Porto, como por populares.

Está previsto que o metrobus ligue a Casa da Música à Praça do Império (em 12 minutos) e à Anémona (em 17), e os veículos do serviço serão autocarros a hidrogénio visualmente semelhantes aos do metro convencional, construídos por 29,5 milhões de euros, incluindo a infraestrutura de alimentação.

Os veículos já chegaram e a obra da primeira fase está concluída, mas o serviço ainda não está em funcionamento, sendo o canal da Avenida da Boavista atualmente utilizado por utilizadores de modos suaves de mobilidade, como bicicletas e trotinetes.

Concorrem à Câmara do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU - coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro - coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto - independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).

O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.

As eleições autárquicas realizam-se a 12 de outubro.

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