Coligação PS/PAN interpõe providência cautelar para travar metrobus em Braga

Coligação PS/PAN interpõe providência cautelar para travar metrobus em Braga
Foto: Pedro Benjamim | Porto Canal
| Norte
Porto Canal/Agências

O cabeça de lista da coligação PS/PAN à Câmara de Braga, António Braga, anunciou esta quinta-feira a interposição de uma providência cautelar para travar o processo de implementação do BRT (metrobus) na cidade.

O anúncio surge no dia em que a empresa Transportes Urbanos de Braga (TUB) deu conta de que na sexta-feira será assinado o contrato de conceção e construção da Linha Vermelha do BRT.

“Há 10 candidaturas à Câmara de Braga, nove das quais já se manifestaram contra a solução BRT. Estamos a poucos dias das eleições, parece-nos óbvio que o atual executivo não tem legitimidade política para uma decisão desta envergadura e que a deve deixar para quem vier a seguir”, disse António Braga à Lusa.

O candidato da coligação Somos Braga acrescentou que também não estão reunidas as condições formais para o avanço do processo, porque ainda há muitos terrenos por negociar e/ou expropriar.

“Além disso, o BRT, no nosso entender, não é, de todo, a solução para os problemas de mobilidade na cidade. O que defendemos é um metro ligeiro híbrido de superfície”, disse ainda.

António Braga considera que o financiamento de cerca de 75 milhões de euros aprovado no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para o BRT “pode perfeitamente ser desviado” para um programa de construção de habitação pública para arrendamento a custos controlados.

“É uma questão de renegociar”, referiu, garantindo que, se ganhar as eleições de 12 de outubro, o projeto do BRT “é mesmo para travar”.

Os TUB anunciaram esta quinta-feira que a elaboração do projeto e a execução da obra foram adjudicados por 32,6 milhões de euros, estando a assinatura do contrato marcada para esta sexta-feira.

Adiantam que o BRT de Braga será constituído por quatro linhas, sendo que, nesta fase, será executada a Linha Vermelha, que ligará a estação de caminhos de ferro ao hospital, passando pela Universidade do Minho.

Partindo do Largo da Estação, a linha avançará pela Rua do Caires, passando no túnel da rotunda de Maximinos até à Rotunda Santos da Cunha, seguindo pela Avenida da Imaculada Conceição até atravessar a Avenida da Liberdade.

A partir deste eixo, continuará pela Avenida João XXI até cruzar a Avenida 31 de Janeiro, passando pela Rotunda das Piscinas e seguindo pela Avenida João Paulo II junto ao Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia.

Por fim, segue para a Universidade do Minho, com destino ao Hospital de Braga.

Em toda a sua extensão, terá 12 estações com uma “total conectividade com a rede regular dos TUB e, sobretudo, integração bilhética”.

⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠No total, veículos incluídos, o investimento para esta primeira linha cifra-se em 75,5 milhões de euros, integralmente financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com o prazo de execução até 30 de junho de 2026.

A candidatura de António Braga sempre se manifestou contra esta solução, avançando agora para tribunal para a tentar travar.

Incondicionalmente a favor do BRT, apenas se tem manifestado o candidato pela coligação Juntos por Braga (PSD/CDS-PP/PPM), João Rodrigues, que é vereador no atual executivo.

A Câmara de Braga é composta por seis eleitos da coligação Juntos por Braga, quatro do PS e um da CDU.

Concorrem à liderança da Câmara Municipal de Braga João Rodrigues (coligação Juntos por Braga - PSD/CDS-PP/PPM), António Braga (coligação Somos Braga - PS/PAN), Filipe Aguiar (Chega), Rui Rocha (Iniciativa Liberal), Ricardo Silva (movimento independente Amar e Servir Braga), João Baptista (CDU, coligação que junta PCP e Os Verdes), António Lima (Bloco de Esquerda), Carlos Fragoso (Livre), Francisco Pimentel Torres (ADN) e Hugo Varanda (MPT).

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