PSD/CDS acusa PS de Guimarães de falhar com o concelho na revisão do PDM

PSD/CDS acusa PS de Guimarães de falhar com o concelho na revisão do PDM
Foto: Ricardo Araújo
| Norte
Porto Canal/Agências

A Coligação Juntos por Guimarães (PSD/CDS-PP) acusou o PS de falhar com o concelho e com os vimaranenses ao remeter para depois das autárquicas a votação em Assembleia Municipal da revisão do Plano Diretor Municipal (PDM).

Em comunicado, o atual vereador sem pelouro e cabeça de lista pela coligação às eleições autárquicas de 12 de outubro, Ricardo Araújo, considera tratar-se de “uma situação grave que evidencia, mais uma vez, as profundas divisões internas do Partido Socialista e o impacto negativo que estas têm sobre o concelho e sobre os vimaranenses”.

Após a aprovação em reunião camarária, onde o PS tem maioria, a proposta de revisão do PDM devia ter sido apreciada na Assembleia Municipal (AM) de sexta-feira, 26 de setembro, onde os socialistas também têm maioria, mas uma providência cautelar travou essa discussão.

O ponto regressou à reunião de câmara de segunda-feira, 29 de setembro, na qual o município invocou o interesse público para ultrapassar o impasse jurídico e o presidente do município, Domingos Bragança (PS), disse que só convocaria uma AM extraordinária para discussão e votação da proposta de revisão do PDM se houvesse um “amplo consenso” político.

Na quarta-feira, Bragança anunciou a decisão de não convocar a reunião extraordinária da AM, devido à falta de “consenso alargado” sobre a votação do documento ainda no atual mandato, após auscultar todos os partidos com assento na AM.

“Dessa auscultação resultou a ausência do consenso alargado indispensável à aludida convocação, a qual resultou do entendimento manifestado pelo Partido Socialista de acordo com o qual o Plano Diretor Municipal deveria ser votado pela Assembleia Municipal saída das eleições autárquicas do próximo dia doze de outubro, posição que não foi secundada pelas restantes forças partidárias”, explicou o autarca.

A Coligação Juntos Por Guimarães defende que “a decisão de recuar na convocatória da Assembleia Municipal revela incapacidade de assumir compromissos e de apresentar soluções claras para o concelho”.

“O candidato do Partido Socialista, do Partido Socialista do Toural, que discorda da proposta de revisão do PDM apresentada pelo Partido Socialista da Câmara, impôs a sua vontade ao presidente de Câmara de não querer discutir isto na Assembleia Municipal, porque inclusivamente o candidato do Partido Socialista disse que ia dar liberdade de voto aos seus deputados”, sublinha Ricardo Araújo, citado no comunicado.

Segundo o também deputado na Assembleia da República, o PS “falhou com Guimarães e com os vimaranenses”, acrescentando que “devia pedir desculpa pela incapacidade de concluir, em sete anos, uma revisão do PDM que respondesse aos desafios do presente e do futuro”.

“A coligação Juntos por Guimarães tem uma posição clara: a proposta apresentada pelo PS não satisfaz os interesses da cidade. O que seria esperado é que a discussão e votação ocorressem na Assembleia Municipal, local próprio para que cada interveniente assumisse a sua responsabilidade política de forma transparente. A incapacidade do Partido Socialista em ultrapassar divergências internas não pode ser prejudicial ao concelho e à população”, refere Ricardo Araújo.

Também em comunicado divulgado na quarta-feira, Ricardo Costa “garante celeridade na revisão do PDM no próximo mandato”, acrescentando que o documento “materializará a política do próximo executivo”.

O candidato do PS classifica de “profundamente incoerente e oportunista” a posição do PSD local, “que exige a votação, mas recusa a sua aprovação no executivo municipal”.

“Tendo presente que faltam apenas alguns dias para a realização das eleições autárquicas, Ricardo Costa, candidato socialista à Câmara de Guimarães, entende que a deliberação final sobre um documento de tal relevância não deve ser tomada no termo de um mandato, mas sim pelos órgãos democraticamente eleitos para conduzir os destinos do município no próximo ciclo político”, lê-se no comunicado.

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