Eis os nomes que querem governar o Porto nos próximos quatro anos
Porto Canal com Lusa
São treze os candidatos na corrida à Câmara do Porto nestas eleições autárquicas. É já o ano em que o número de listas em disputa estabelece um novo recorde — há quatro anos apresentaram-se onze candidatos e, em 2013 e 2005, apenas nove.
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Para as eleições de 12 de outubro concorre Manuel Pizarro, do PS, médico e ex-ministro da Saúde, já se candidatou por duas vezes (2013 e 2017) e ficou em segundo lugar em ambas, prometendo agora 5000 casas a renda moderada para classe média e jovens e um programa de reabilitação urbana, tendo ainda a mobilidade e segurança como prioridades.
Também Diana Ferreira, da CDU, é psicóloga e foi deputada à Assembleia da República entre 2014 e 2023, e afirmou como focos da candidatura a defesa do direito à habitação, a reabilitação urbana e o combate à entrega da cidade aos interesses económicos e dependência do turismo.
Já Nuno Cardoso, engenheiro, já foi presidente da autarquia (entre 1999 e 2001 pelo PS), avança com o movimento "Porto Primeiro", apoiado pela coligação NC/PPM, que elege a habitação, mobilidade e a “questão sénior” como os “três principais eixos”.
Pedro Duarte, jurista e ex-ministro dos Assuntos Parlamentares, lidera a coligação "Porto Somos Nós" do PSD, CDS-PP e IL, e prometeu transportes gratuitos para todos os residentes por 25 milhões de euros anuais, bem como a plantação de 15 mil árvores.
O Bloco de Esquerda (BE) avança com Sérgio Aires, sociólogo, que é atualmente vereador sem pelouro na Câmara do Porto após ter sido candidato em 2021. O bloquista propõe "uma governação que combata o empobrecimento, promova o direito à cidade para todas as pessoas e enfrente a especulação imobiliária".
Outro independente (movimento "Fazer à Porto") na corrida é o atual vice-presidente Filipe Araújo, engenheiro que integra a equipa de Rui Moreira desde 2013 e é agora apoiado pelo PAN, tendo já anunciado o aumento até 2000 casas no parque habitacional e a duplicação do número de agentes da Polícia Municipal se for eleito.
O segundo independente, o médico António Araújo, lidera a candidatura "Porto à Porto" e elegeu a construção de um túnel subaquático que ligue a Afurada, em Gaia, ao Porto como medida para retirar trânsito à ponte da Arrábida.
Já o Volt apresenta Guilherme Alexandre Jorge, que traçou como prioridades a habitação, mobilidade, feminismo e participação democrática dos cidadãos.
O Livre avança para a Câmara do Porto com o programador cultural Hélder Sousa, que propõe criar 30% de habitação pública nos próximos 10 anos, numa candidatura que também dará prioridade à mobilidade, ecologia e direitos humanos.
Miguel Corte-Real (Chega), gestor e ex-líder do grupo do PSD na Assembleia Municipal, é descrito pelo partido como "o primeiro subscritor do manifesto Portugal em Primeiro, que defendeu a criação de uma solução governativa de direita, estável, sem complexos nem linhas vermelhas".
O Alternativa Democrática Nacional (ADN) candidata o jornalista Frederico Duarte Carvalho à Câmara do Porto, que iniciou a sua carreira no extinto O Primeiro de Janeiro e agora trabalha em regime 'freelance', acredita que ser jornalista permite-lhe “até conhecer muitas coisas que alguns cidadãos não conhecem da política”.
A professora Maria Amélia Costa é a candidata pelo Partido Trabalhista Português (PTP) e defende a gratuitidade dos transportes públicos como uma medida capaz de melhorar a qualidade de vida de quem vive na cidade.
Por último, o Partido Liberal Social candidata o empresário da área da transformação digital Luís Tinoco Azevedo, que defende a municipalização e “um poder mais próximo dos cidadãos”.
Com 248.769 habitantes (em 2023) e 41,42 quilómetros quadrados de área, o Porto é historicamente a segunda cidade do país e o quarto município mais populoso, 'coração' de uma Área Metropolitana com 1,7 milhões de habitantes e capital da região Norte.
Atualmente, a câmara é liderada pelo movimento de Rui Moreira, que, apesar de ter ganhado as eleições de 2021 sem maioria absoluta (seis vereadores), atribuiu um pelouro à independente ex-PS Catarina Santos Cunha em 2022, logrando uma maioria, sendo o restante executivo composto pelo PS (dois eleitos), PSD (dois), CDU (um) e BE (um).
O movimento de Rui Moreira lidera também na Assembleia Municipal, mas sem maioria absoluta.
As eleições autárquicas ocorrem a 12 de outubro.
