O internacional português, Diogo Jota, morreu na madrugada desta quinta-feira num acidente de viação, em Cernadilla, Zamora, em Espanha.

De acordo com as informações apuradas, o futebolista de 28 anos seguia no carro com o irmão André Silva, de 26 anos, que também morreu, quando ocorreu o acidente no quilômetro 65 da A-52.

O veículo onde viajava o jogador do Liverpool e o irmão, também jogador profissional do Penafiel, da II Liga de futebol, despistou-se, saindo da estrada e desencadeando um incêndio.

Segundo um comunicado enviado à agência Lusa, a Guardia Civil Espanhola refere que está a investigar o acidente de viação, ocorrido às 00h30 (23h30 em Lisboa) e aponta para "o rebentamento de um pneu durante uma ultrapassagem".

As identidades do jogador Diogo Jota e do irmão André Silva foram confirmadas através de documentos encontrados no local e no carro, disse fonte do consulado de Portugal em Madrid.

Diogo Jota era jogador do Liverpool, emblema que representava há cinco épocas e no qual brilhou, especialmente na segunda época, ainda com o alemão Jürgen Kloop, com 55 jogos e 21 golos marcados.

O avançado, que fez parte do trio ofensivo com Mo Salah, em outras épocas também com Roberto Firmino e Sadio Mane, esteve na conquista de uma Liga inglesa, uma Taça de Inglaterra, duas Taças da Liga e uma Supertaça.

Na carreira, o jogador, que fez a formação no Gondomar e no Paços de Ferreira, representou também por uma época o FC Porto, por empréstimo do Atlético de Madrid, e que o voltou a ceder ao Wolverhampton, no qual acabou por assinar e jogar durante três épocas.

Na seleção, o futebolista, que tinha apetência para o golo, acabou também por ser referência, nem sempre a titular, mas com 49 internacionalizações e duas Ligas das Nações no currículo.

Nas redes sociais o primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou que a morte do atleta, que "muito honrou o nome de Portugal, e do seu irmão é inesperada e trágica". O chefe do Governo deixou "as mais sentidas condolências" aos familiares, acrescentando que "é um dia triste para o futebol e para o desporto nacional e internacional".

Também o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Pedro Proença, já se pronunciou sobre a morte dos dois irmãos, exprimindo "as mais sentidas condolências à família e aos amigos de Diogo e André Silva".

"Muito mais do que o fantástico jogador, com quase 50 internacionalizações pela Seleção Nacional A, Diogo Jota era uma extraordinária pessoa, respeitado por todos os colegas e adversários, alguém com uma alegria contagiante e referência na própria comunidade", escreveu Pedro Proença.

A FPF solicitou à UEFA um minuto de silêncio antes da partida da Seleção com a Espanha, no Europeu Feminino, que ocorre esta quinta-feira às 20h00.

O FC Porto também deixou uma mensagem nas redes sociais, frisando que o clube "está de luto".

"É com choque e profundo pesar que enviamos as sentidas condolências à família e amigos do Diogo Jota e irmão André Silva, que também foi nosso atleta nos escalões de formação", lê-se na publicação.

Numa nota de condolências publicada na página oficial de Internet do clube, o presidente do FC Porto, André Villas-Boas, reiterou que "este é um momento de profunda consternação para toda a massa associativa Portista e para todos os portugueses".

"Dois jovens perderam a vida de maneira trágica, dois homens que representaram o FC Porto de forma exemplar e que serão recordados não só pelo seu futebol, mas também pelas suas características pessoais e humanas. À família e amigos do Diogo e do André, devastado ainda com a injustiça da perda prematura das suas vidas, dirijo as minhas condolências. O futebol perdeu dois grandes homens. Resta-nos a honra de terem representado o FC Porto”, salientou Villas-Boas.

Já o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou a morte "trágica e prematura" do futebolista português Diogo Jota e do seu irmão André Silva, também jogador de futebol, considerando que é "uma perda que a todos os portugueses consternou".

A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) manifestou “profunda consternação” pela morte do futebolista internacional português Diogo Jota, e do irmão, André Silva.

“Uma notícia devastadora e que deixa todo o universo do futebol de luto. Dois talentos portugueses que partem cedo demais”, escreveu o organismo nas redes sociais.

A LPFP revelou a "profunda consternação" de toda a sua estrutura com o sucedido e associou-se “à dor das famílias, amigos, clubes e de toda a comunidade desportiva”, sublinhando a homenagem a “dois atletas que dignificaram o futebol português dentro e fora de campo”.

Também o Liverpool, clube onde Jota estava atualmente, disse estar "devastado com o trágico falecimento de Diogo Jota", e pediu "que seja respeitada a privacidade da família, amigos, colegas de equipa e staff do clube de Diogo e André, enquanto tentam lidar com uma perda inimaginável".

O FC Paços de Ferreira frisou que os irmãos eram "duas pessoas extraordinárias, que se destacaram pela humildade, responsabilidade e imensa dedicação ao clube que defendiam".

"O Diogo Jota tornou-se uma referência deste clube. Um atleta com atitude de campeão que atingiu os mais altos patamares do futebol profissional", lê-se na publicação do clube na página oficial de Instragram.

O clube descreve Diogo Jota como "um exemplo para os tantos atletas que sonham, um dia, vencer nos maiores palcos mundiais".

Cristiano Ronaldo, por sua vez, afirmou que "não faz sentido" a morte do jogador da seleção portuguesa. 

"Ainda agora estávamos juntos na Seleção, ainda agora tinhas casado. À tua familia, à tua mulher e aos teus filhos, envio os meus sentimentos e desejo-lhes toda a força do mundo. Sei que estarás sempre com eles", escreveu o futebolista português.

A UEFA sublinhou a “tristeza imensa” com a “trágica” morte do internacional luso e avançado do Liverpool, Diogo Jota, bem como do seu irmão André Silva.

“Em nome da comunidade do futebol europeu, estamos imensamente tristes por saber da trágica morte de Diogo Jota, internacional português e avançado do Liverpool, juntamente com o seu irmão André Silva”, referiu o organismo do futebol europeu.

Os presidentes da direção e SAD do Penafiel assumiram sentir uma "dor imensa" pela morte de André Silva, jogador do clube nas últimas duas temporadas, e do irmão Diogo Jota.

"São muito poucas as palavras a dizer neste momento. Está-nos a custar muito. Estamos aqui por respeito a vocês [comunicação social] e para dar os sentimentos a toda a família e aos seus amigos, que são muitos. É um momento de muita dor, não é fácil, a partir daqui pedimos respeito pela nossa dor. Não tenho mais a dizer", disse Domingos Garcia, líder da SAD penafidelense, em conferência de imprensa no Estádio Municipal 25 de abril.

Visivelmente emocionado, também José António Reis, presidente da direção do clube, se pronunciou sobre o falecimento dos dois futebolistas.

"A dor é imensa. Dois meninos muito novos, ninguém espera uma coisa destas", lamentou.

O emblema 'rubro-negro' decretará luto oficial e assegurou que serão feitas as devidas homenagens aos atletas nos próximos compromissos desportivos.

 

 

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