Começa a ser construída no final do ano uma nova cidade na antiga central do Freixo
João Nogueira
Vai ser construído em fases e deverá arrancar ainda no final deste ano. O empreendimento, assinado pelo arquiteto Eduardo Souto Moura, vai transformar numa nova zona de habitação, comércio, serviços e espaços públicos, os antigos terrenos da central termoelétrica da EDP, no Freixo, que estiveram fechados e degradados durante décadas.
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O Central Freixo, nome do projeto, vai ocupar mais de 56 mil metros quadrados de terreno devoluto, devolvendo esta área à cidade e ligando o passado industrial aos tempos atuais.
A primeira fase inclui a construção de três edifícios com cerca de 14 mil metros quadrados, que vão acolher 66 apartamentos e espaços para comércio e serviços, organizados em torno de uma praça pública.
Está também prevista a construção de 10 moradias com vista para o rio Douro, inspiradas na arquitetura burguesa tradicional do Porto. No total, “esta fase vai representar 57 mil metros quadrados de construção e cerca de 31 mil metros quadrados de áreas de cedência pública, com novas ruas, praças e zonas verdes até agora inacessíveis”, pode ler-se em nota envida
A comercialização dos imóveis da primeira fase está prevista para começar no outono, com o apoio das consultoras Dils e Savills, que vão apoiar os mercados nacional e internacional.
Até 2018, os terrenos pertenciam à EDP, ano em que a elétrica os vendeu a um conjunto de investidores portugueses e estrangeiros, ligados ao empresário João Cota Dias. O projeto está a cargo da Freixo Magnum, Lda, uma empresa detida em 79% pelo consórcio franco-suíço Ginkgo Advisor e em 21% pela Emerge, uma empresa do ramo imobiliário do universo da Mota-Engil. O investimento estimado é de cerca de 200 milhões de euros.
