CNB junta Inger e Ekman num novo programa com o Quarteto de Cordas de Matosinhos

CNB junta Inger e Ekman num novo programa com o Quarteto de Cordas de Matosinhos
Foto: CM Matosinhos
| Norte
Porto Canal/ Agências

A Companhia Nacional de Bailado (CNB) apresenta, de 19 a 29 de junho, em Lisboa, um novo programa de duas obras dos coreógrafos suecos Johan Inger e Alexander Ekman, com acompanhamento ao vivo do Quarteto de Cordas de Matosinhos.

A peça “Walking Mad”, de Johan Inger, é apresentada pela primeira vez na CNB e marca a entrada do coreógrafo no repertório da companhia, segundo a sua programação.

Quanto à coreografia “Cacti”, de Alexander Ekman, regressa ao palco do Teatro Camões, em Lisboa, com música interpretada ao vivo pelo Quarteto de Cordas de Matosinhos.

Além dos espetáculos previstos, haverá um Ensaio Geral Solidário a 18 de junho, às 20:00, cuja receita reverterá a favor das associações de solidariedade social Fundação-Lar de Cegos de Nossa Senhora da Saúde e Serviço Jesuíta aos Refugiados.

A entrada é aberta ao público mediante reserva.

Criada para o Nederlands Dans Theater em 2001, a peça “Walking Mad” baseia-se na célebre afirmação de Sócrates “Os nossos maiores dons chegam-nos num estado de loucura”, e combina o ritmo obsessivo do Boléro de Ravel com uma cenografia de uma longa parede em madeira que assume ela própria um papel quase coreográfico, segundo a descrição da CNB.

“A estrutura cénica transforma o espaço e conduz os bailarinos por situações de tensão, humor e intensidade, num jogo entre loucura e violência que simboliza conflitos interiores e relacionais”, aponta.

Citado no texto, o coreógrafo Johan Ingre afirma: “Queria transformar a parede no décimo membro do elenco” da obra distinguida com o Prémio Lucas Hoving, em 2001, e com o prémio italiano Danza & Danza, em 2005.

A versão agora estreada pela CNB assinala uma nova fase de diálogo entre repertório internacional e criação coreográfica de referência, noquadro da visão do novo diretor artístico da companhia, Fernando Duarte.

Em tom de contraste, “Cacti” — que Ekman define como uma “alegre paródia” e regressa ao palco depois de ter entrado no repertório da CNB em 2023 - "desconstrói, com ironia, os mecanismos da própria dança contemporânea e da forma como a arte é observada e interpretada".

Estreada também pelo Nederlands Dans Theater, em 2010, “Cacti” conta com 16 bailarinos em cena e uma intensa relação rítmica com os músicos em palco. “Criámos um jogo entre bailarinos e o quarteto de cordas que se tornou a partitura da obra”, explica Ekman também citado no texto.

O Quarteto de Cordas de Matosinhos interpretará ao vivo a música original da peça, que exige "elevada concentração de todos os intérpretes, contribuindo para a energia performativa da criação”, sublinha a CNB.

Paralelamente às apresentações, a Companhia Nacional de Bailado promove várias iniciativas destinadas a públicos diversos, nomeadamente ateliers de dança para crianças e famílias, intitulados “Um, dois, três, quatro… mais o Cacto!”, inspirados nas peças em cena.

No dia 21 de junho, pelas 17:00, decorre uma conversa pré-espetáculo moderada por Cristina Peres, com entrada livre, e no dia seguinte, após o espetáculo, terá lugar uma conversa entre artistas, público e o coreógrafo Fernando Duarte.

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