Mercado do Bolhão no Porto transforma-se em palco de poesia e música ao vivo

Mercado do Bolhão no Porto transforma-se em palco de poesia e música ao vivo
Foto: Guilherme Costa Oliveira | Porto.
| Porto
Porto Canal / Agências

O auditório do Mercado do Bolhão, no Porto, acolhe no sábado a 2.ª edição do projeto Bozes Boadoras no Bolhão e, durante 90 minutos, será palco de poesia, música ao vivo e performances.

A partir das 15h30 de sábado, o auditório do mercado centenário do Porto “transforma-se num placo vibrante de palavras, emoções e consciências despertas”, destaca a organização em comunicado.

Sob a coordenação de Teresa Almeida Pinto e Pedro Freitas Santos, o projeto Bozes Boadoras no Bolhão “volta a afirmar-se como um espaço de expressão poética”.

Em declarações à Lusa, Teresa Almeida Pinto esclareceu que, dos vários poemas recebidos, foram selecionados 40, alguns dos quais inéditos, para serem declamados durante a sessão.

Durante cerca de uma hora e meia, vão se ouvir 32 vozes, a maioria das quais novas, e os interpretes Felipe Binachi e Raykar Rocha.

“Luz que não se apaga” é um dos poemas que será declamado durante a sessão pela voz mais jovem do evento, uma menina de 13 anos, que falará sobre a liberdade.

“É uma plateia intergeracional”, assinalou Teresa Almeida Pinto, acrescentando que o poeta mais velho tem 80 anos.

Ao longo da sessão serão abordados temas como a corrupção, crise climática, gentrificação e “outras feridas do nosso tempo”, como o papel dos arrumadores de rua.

“Mão suja estendida na madrugada, com os dedos a tocar um requiem / Marioneta do vício que treme de dor insana / Arrumador, quem te arruma a vida?", lê-se no poema da autoria de Rui Marques.

Um outro poema foi transformado em música e será cantado por Leonor Cruz, jovem de 20 anos.

Cada poema pretende incitar a escuta, reflexão e diálogo, “acreditando na capacidade transformadora da arte quando usada para questionar e propor mudanças”.

A declamação será acompanhada pelos músicos Pedro Martins e José Pedro Cândido.

O programa inclui também uma conversa com um “Poeta em Construção”, tendo a poeta Marta Pais de Oliveira sido a escolhida para dar a conhecer a sua relação com a escrita poética.

Marta Pais Oliveira foi premiada com o VIII Prémio Nortear da Eurorregião Galiza - Norte de Portugal, Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís e Prémio Maria Amália Vaz de Carvalho.

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