"A estação de Gaia é tão funda que provavelmente vai ter uma saída para a Nova Zelândia", diz Moreira sobre o TGV

"A estação de Gaia é tão funda que provavelmente vai ter uma saída para a Nova Zelândia", diz Moreira sobre o TGV
Foto: Ana Torres
| Porto
Porto Canal/ Agências

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, considerou normal que o consórcio LusoLav questione a localização da estação de alta velocidade em Gaia, mas assegurou que o Porto terá "uma palavra a dizer" sobre eventuais alterações ao projeto.

O autarca, que falava na sessão da Assembleia Municipal, disse acreditar tratar-se de "uma tentativa do concessionário de resolver alguns problemas que existem com o projeto em Gaia".

"A estação de Gaia, que logo depois tem de levar uma estação de metro, é tão funda, tão funda, tão funda, que provavelmente vai ter uma saída para a Nova Zelândia, porque fazem no sítio mais improvável em termos orográficos", afirmou, dizendo ser normal que o concessionário avalie a sua localização.

"Parece normal que alguém olhe para aquele projeto e pergunte se aquilo faz algum sentido. Se alguém está agora, tardiamente, a olhar para isso, com certeza que depois virão falar connosco e adequar eventuais alterações aquilo que é a nossa vontade porque, apesar de tudo, teremos seguramente uma palavra a dizer", referiu.

Em causa está uma proposta de alteração do consórcio LusoLav (Mota-Engil, Teixeira Duarte, Alves Ribeiro, Casais, Conduril e Gabriel Couto) para mudar em dois quilómetros a localização da estação de Gaia e fazer duas pontes sobre o Douro em vez de uma rodoferroviária.

A proposta não vinculativa foi aprovada na quinta-feira pela maioria socialista na Câmara de Vila Nova de Gaia, com o voto contra dos dois vereadores do PSD. Já a Assembleia Municipal de Gaia, por proposta do BE, adiou a votação dos pareceres para depois das eleições legislativas, que se realizam a 18 de maio.

As considerações de Rui Moreira surgiram durante a apreciação do relatório de avaliação da execução da Operação de Reabilitação Urbana (ORU) de Campanhã - Estação, apesar de antes da ordem de trabalhos o deputado Rui Sá, da CDU, ter questionado o presidente da Assembleia Municipal, Sebastião Feyo, se tinha sido informado sobre o tema.

Aos eleitos municipais, Sebastião Feyo assegurou não ter recebido nada e ter acompanhado o caso através da comunicação social, o que levou o deputado da CDU a considerar a situação "um desrespeito pelo Porto".

Também José Maria Montenegro, do movimento independente Aqui Há Porto, disse ser "o momento" de o Porto se dar "ao respeito com outra seriedade".

"Isto é um tema que nos devia afetar. Jogam e brincam no nosso território, e não somos tidos nem achados. É um desrespeito. Devíamos dar-nos ao respeito e devíamos pensar em como fazê-lo", defendeu.

Pelo BE, Elisabete Carvalho disse não fazer "sentido nenhum" a proposta ter ido a votação em Gaia.

+ notícias: Porto

PSP faz operação prevenção criminal diurna e noturna na Pasteleira e Pinheiro Torres no Porto

A PSP aumentou esta quarta-feira o policiamento nos bairros da Pasteleira e Pinheiro Torres, no Porto, numa operação de prevenção criminal diurna e noturna que vai prolongar-se por vários dias, revelou à Lusa fonte oficial da Polícia.

Rui Moreira considerou criar hospital de campanha durante a pandemia o seu maior erro

O ex-presidente da Câmara do Porto Rui Moreira revelou esta terça-feira, numa palestra, que o seu maior erro enquanto autarca foi ter cedido ao pânico alheio e instalado um hospital de campanha durante a pandemia da covid-19.

Federação Académica do Porto pede ao Governo correção de "desigualdades" no IRS Jovem

A Federação Académica do Porto (FAP) manifestou esta terça-feira "profunda preocupação com a desigualdade” criada na aplicação do IRS Jovem, por excluir trabalhadores independentes e profissionais liberais de usufruírem de benefícios fiscais, pedindo ao Governo uma correção da situação.