Vendas do comércio a retalho sobem 0,4% no 1º semestre deste ano
Porto Canal / Agências
Lisboa, 04 set (Lusa) -- O volume de vendas do comércio a retalho aumentou 0,4% os seis primeiros meses de 2014, face ao período homólogo, para 8.475 milhões de euros, de acordo com dados hoje divulgados pela associação das empresas de distribuição.
Segundo o barómetro de vendas da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) relativo ao primeiro semestre do ano, durante este período, a animar a recuperação do setor esteve sobretudo o retalho especializado não alimentar.
No retalho alimentar, por sua vez, a deflação conjugada com a forte atividade promocional levaram a uma estabilização do crescimento das vendas, de acordo com as conclusões do barómetro.
"A ligeira recuperação [do não alimentar] reflete uma maior confiança por parte dos consumidores, mas também o enorme esforço das empresas do setor. O retalho soube adaptar-se a uma crise de consumo sem precedentes, apostando na inovação, no serviço e em produtos de qualidade", destacou em declarações à agência Lusa a diretora geral da APED, Ana Isabel Morais.
No caso do retalho não alimentar, o volume de vendas aumentou 0,5% para 3.644 milhões de euros, no período em análise.
O mercado de equipamentos de telecomunicações foi o que mais cresceu, com uma subida de 44% do volume de vendas, enquanto o mercado com maior quebra foi o da fotografia, com uma descida de 17,6%.
Por canal de distribuição, os hipermercados e supermercados continuam a ser os formatos preferidos dos portugueses, representando no ramo alimentar quotas de mercado de 24,4% e 46,8%, respetivamente, nos primeiros seis meses do ano, o que representou um aumento de 0,3 e 1,0 pontos percentuais face ao semestre homólogo.
As lojas de baixo custo (sigla em inglês 'discounters') representam, por sua vez, uma quota de mercado de 14,6% no ramo alimentar (-1,2 pontos percentuais face ao primeiro semestre de 2013).
A APED apresentou ainda, pela primeira vez, o 'Flash Report Retail' relativo ao mês de julho de 2014, que agrega os indicadores económicos mais relevantes para a atividade do comércio a retalho, tais como o índice de volume de negócios no comércio a retalho, que registou uma variação homóloga de 1,0% em julho (-0,5% em junho) e os indicadores calculados pelo Banco de Portugal relativos à atividade económica e ao consumo privado.
ICO// ATR
Lusa/Fim