Governo e autarcas conhecem futuro da VCI, mas dizem ser cedo para o divulgar

Governo e autarcas conhecem futuro da VCI, mas dizem ser cedo para o divulgar
Foto: Pedro Benjamim|Porto Canal
| Porto
Porto Canal/ Agências

O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz assumiu esta quarta-feira que já tem uma solução para desviar o trânsito da Via de Cintura Interna (VCI), no Porto, mas aguarda que os municípios estejam "todos alinhados" para a apresentar ao público.

"A solução foi apresentada. Não foi é às senhoras e aos senhores jornalistas", disse esta quarta-feira Miguel Pinto Luz no apeadeiro do Hospital de São João da Linha de Leixões, localizada no concelho de Matosinhos (distrito do Porto), quando questionado sobre a solução para amenizar o trânsito na VCI e autoestradas próximas.

Segundo Miguel Pinto Luz, "até dezembro, conforme foi o compromisso do Governo, foi apresentada a vários municípios", dando como exemplo Matosinhos e Luísa Salgueiro, que estava ao seu lado, que "já ouviu a solução e validou a solução", referindo ainda que a mesma também já foi apresentada aos autarcas do Porto e Vila Nova de Gaia e será esta quarta-feira à Maia.

"Nós temos que ter as soluções e, depois, mais uma vez, seria paradoxal que eu, que estive aqui a defender que deve haver uma relação simbiótica com os municípios, tivesse uma solução decidida no gabinete sem articular com os municípios. Não, estamos a articular com os municípios", sustentou o governante.

Miguel Pinto Luz assinalou que, "até agora, a aceitação tem sido total", mas apenas "na altura devida, quando os municípios estiverem todos alinhados", será apresentado a toda a população.

"Esta quarta-feira irei à Maia e acredito que nas próximas semanas podemos torná-la pública e efetivá-la. Acredito que sim. Esse diálogo é absolutamente essencial. As populações, o que podem ter de nós, é o compromisso de termos um diálogo permanente com os municípios", referiu.

A solução para o trânsito no Grande Porto passará pela circulação de pesados na Circular Regional Externa do Porto (CREP), mas não só, disse aos jornalistas o presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP), Eduardo Vítor Rodrigues, em 13 de janeiro.

"De facto, passa por olharmos para a CREP [também denominada A41] como um instrumento de mobilidade, sobretudo dos pesados, e dos pesados de mercadorias, e isso, a ser assim e a consumar-se, vai significar um passo de gigante que é dado com coragem por parte do Governo e do ministro [das Infraestruturas e Habitação] Miguel Pinto Luz", disse aos jornalistas Eduardo Vítor Rodrigues, na sede da AMP.

O também autarca socialista de Vila Nova de Gaia disse que a solução "vai consumar aquilo que há vários anos os autarcas da Área Metropolitana do Porto vêm pedindo", e, questionado sobre se a solução visava desportajar os pesados na CREP, o autarca admitiu que "não será apenas" isso.

"Nós fomos contactados pelo ministro, temos estado a trabalhar. No fim, a decisão é uma decisão do Governo e do ministro, e, portanto, ir mais longe já me inibo, porque acho que quem tem de apresentar a solução é mesmo o Governo", indicou então.

O autarca considerou que "a solução é boa" e "sistémica, no sentido de não significar apenas uma medida isolada".

Questionado sobre se também haverá um ajustamento nas portagens na autoestrada A4 no Grande Porto, o líder da AMP disse na altura que a retirada de portagens "significa sempre um trabalho que é, mais do que de mobilidade, de finanças, porque significa a alteração das regras de concessão".

"Muitas vezes, aquilo que nós podemos ambicionar é complementar isso com portagens virtuais, por exemplo. Mas o Governo tem uma solução estudada. Acho que essa solução vai validar a solução que o presidente [da Câmara do Porto] Rui Moreira e eu próprio temos vindo a anunciar, ou a pedir e solicitar ao Governo", disse, sem concretizar totalmente qual será o anúncio do executivo.

Em causa está um estudo de 2020 que envolveu a Infraestruturas de Portugal (IP), a secretaria de Estado das Infraestruturas e as autarquias do Porto, Maia e Matosinhos que propunha a relocalização de algumas portagens na A4 e A28, mas que não chegou a avançar.

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