Rui Moreira critica "inutilidade" de declarações exigidas pelo mecanismo anticorrupção

Rui Moreira critica "inutilidade" de declarações exigidas pelo mecanismo anticorrupção
| Porto
Porto Canal/ Agências

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, afirmou esta segunda-feira que a interpretação por parte do Mecanismo Nacional Anticorrupção (MENAC) relativamente à declaração de inexistência de conflito de interesses poderá tornar as reuniões do executivo “impraticáveis”.

“Anteriormente, por uma questão de bom senso, quem se sentia impedido e tinha um conflito de interesses, ausentava-se da reunião. A partir de agora, aquilo que o MENAC entende é que temos de fazer uma declaração de que não estamos a cometer um crime de cada vez que estamos a fazer uma votação”, afirmou Rui Moreira à margem da reunião privada.

Segundo o autarca, o método implementado no âmbito do Regime Geral da Prevenção da Corrupção, “representa anualmente no município do Porto qualquer coisa como 10.000 folhas de papel impressas e assinadas”, e implica que “as reuniões se tornem impraticáveis”.

"Isto é um total desconhecimento e tem um aspeto logístico impossível não apenas para o nosso município, mas para todos", referiu, destacando que a situação se agrava nas Assembleias Municipais, onde o número de membros é superior.

"Isto já não tem grande problema em termos de humilhação, porque os políticos resolveram auto humilhar-se num processo mais ou menos autofágico, mas o problema é a interpretação que o MENAC faz", referiu, dizendo o município consultou a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-Norte), que "achou que o MENAC tinha toda a razão".

Por entender tratar-se de "uma inutilidade", bem como "desperdício de recursos", o executivo municipal do Porto optou por, anexo à ata da reunião, fazer seguir uma declaração de todos os vereadores onde asseguram a inexistência de conflito de interesses.

"Quero acreditar que há uma condição fundamental numa lei que é a sua exequibilidade e que deve haver uma responsabilidade fundamental que é de bom senso", referiu, questionado se o MENAC não aceitasse o método do município do Porto.

"Vou querer acreditar que os argumentos que invocamos, que no MENAC alguém ouça e que as forças políticas, se for preciso alterar a lei para que o MENAC faça a interpretação certa, alterem a lei. De outra maneira, é impossível", acrescentou.

+ notícias: Porto

Incêndio em colégio no Porto já está extinto

O incêndio que deflagrou ao início da tarde de deste domingo no Colégio Flori, no Porto, "já está extinto" e em fase de rescaldo e ventilação, adiantaram ao Porto Canal as autoridades.

Last Folio: as duras memórias do Holocausto 

O Museu e Igreja da Misericórdia do Porto acolhem a exposição internacional LAST FOLIO acompanhada por um documentário, que mostra as memórias do Holocausto. A exposição do fotógrafo Yuri Dojc e da cineasta Katya Krausova, pode ser visitada até novembro.

Nova Linha do Metro do Porto avança. Veja aqui as primeiras imagens 

As obras da nova Linha do Metro do Porto, Linha Rosa (G), que assegurará a ligação entre São Bento e a Rotunda da Boavista já avançaram. Esta extensão terá 3 km e 4 estações subterrâneas (duas adjacentes às já existentes São Bento e Casa da Música).