André Villas-Boas: “É uma iniciativa de saudar e que gira à volta do nosso amor pelo FC Porto”

André Villas-Boas: “É uma iniciativa de saudar e que gira à volta do nosso amor pelo FC Porto”
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Porto Canal

A Tribuna VIP do Estádio do Dragão recebeu neste sábado mais uma edição do Dia do Clube, um evento de portistas para portistas que em 2024 pretende celebrar os 20 anos da conquista da segunda Liga dos Campeões e da segunda Taça Intercontinental. André Villas-Boas, presidente do FC Porto, foi um dos ilustres convidados para uma iniciativa que exalta “o verdadeiro sentimento portista”. Jorge Costa, Pedro Mendes, Maniche, Ricardo Quaresma e Ricardo Fernandes também estiveram presentes.

O líder máximo do clube, que partilhou algumas histórias sobre a inesquecível época de 2003/2004, quando era olheiro da equipa principal além de “sócio e treinador das camadas jovens”, acredita que o Dia do Clube “é fruto da inspiração dos sócios e para os sócios” e que “tem engrandecido o bom nome do FC Porto”. Afinal de contas, esta iniciativa é “feita por gente que pensa e quer o bem do FC Porto, gente que se dedica a viver e a sentir o FC Porto”. “É um amor visceral que gritamos a alta voz”, acrescentou André Villas-Boas.

Uma celebração de portismo
“É um prazer enorme estar no Dia do Clube, o verdadeiro sentimento portista presente em todos. É uma iniciativa de saudar e que gira à volta do nosso amor pelo FC Porto. Espero que possam continuar a apoiar iniciativas como esta e outras novas oficiais, tornando-as mais recorrentes. Temos de trazer saudosismo, mas também construção do futuro e partilhas de histórias e vitórias sem igual. Este Dia do Clube é fruto da inspiração dos sócios e para os sócios, é um dia de louvar que ganhou alma e corpo ao longo dos anos e que hoje se traduz numa celebração anual de portismo. O Paulo Santos, o Paulo Bizarro e o Bruno Sousa, bem como todas as equipas que os acompanham, dedicam-se a esta causa azul e branca desde 2012. É algo que tem engrandecido o bom nome do FC Porto e que cria uma dinâmica à volta deste Dia do Clube. Desde 2017 que temos o prazer de os receber na casa de todos os portistas, que é o Estádio do Dragão. Espero poder dinamizar ainda mais esta iniciativa. Entre Conversas à Moda do Porto e Dia do Clube, tentamos gerar aqui uma parceria ainda mais forte.”

Todos em casa
“Não fosse nesta maravilhosa casa batizada Estádio do Dragão, diria que estávamos diante de uma nostálgica tertúlia à moda do Porto, feita por gente que pensa e quer o bem do FC Porto, gente que se dedica a viver e a sentir o FC Porto, transmitindo tudo de geração em geração. É um amor visceral que gritamos a alta voz. A isso se juntam diferentes recordações e memórias, dias e noites inesquecíveis que são trazidas à tona neste encontro. São coisas que fazem o ADN e a génese do FC Porto. Como presidente da Direção do FC Porto, é uma honra receber-vos na vossa casa, na nossa casa para um dia pleno de portismo.”

Memórias da época 2003/2004
“Passaram 20 anos sobre dois jogos que catapultaram o FC Porto para o grupo dos clubes mais titulados internacionalmente. O FC Porto é o clube português que mais troféus internacionais levantou e o maior representante do país. Passaram 20 anos de dois nomes que ficaram tatuados na pele do Dragão: Gelsenkirchen e Yokohama. 2004, que ano, que saudades. Como participei mais ativamente na caminhada de Gelsenkirchen, deixo aqui algumas das minhas memórias como olheiro de José Mourinho, tinha eu 27 anos. Sócio do FC Porto e treinador das camadas jovens tornado olheiro da equipa principal. Nome de código: Robsonzinho. Analisei in loco os adversários em três jogos diferentes. Partizan, Real Madrid, Marselha, seguidos de Manchester United, Lyon, Corunha e Mónaco levaram-me a percorrer a Europa de papel e caneta no bolso. Deixámos pelo caminho grandíssimos jogadores, mas quando chegava a hora de ver se alguém tinha levado os relatórios para casa, estavam todos nos cacifos ainda. No entanto, era no vídeo que se prendia a atenção, pelo conteúdo técnico ou tático ou porque terminava sempre com uma sátira sobre alguém da equipa, o que fazia as delícias de todos. Nessa equipa vivia-se um propósito bem vincado e uma confiança sem paralelo, com Jorge Nuno Pinto da Costa à cabeça, suportado pela mestria de um treinador português astuto e diferenciado como José Mourinho e por um conjunto de jogadores que recordamos com nostalgia e que faziam as delícias dos adeptos. Nesse ano em que transitamos das Antas para o Dragão, as bancadas transbordavam fé azul e branca. A certeza e confiança na equipa era total e criou-se uma simbiose entre todos. Foi essa crença que nos fez chegar à final. Unidade e vitória foi a receita de 2004 e sempre será no futuro.”

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