Feira aprova orçamento de 173 milhões de euros para 2025 que prioriza projeto do Túnel da Cruz

Feira aprova orçamento de 173 milhões de euros para 2025 que prioriza projeto do Túnel da Cruz
| Norte
Porto Canal/ Agências

A Câmara de Santa Maria da Feira aprovou na segunda-feira um orçamento de 173 milhões de euros para 2025, dando prioridade ao projeto do Túnel da Cruz para agilizar o trânsito junto aos nós das autoestradas A1 e A29.

Com menos 14 milhões de euros do que em 2024 devido à diminuição dos fundos comunitários, o documento foi aprovado com sete votos favoráveis do PSD, que está em maioria nessa autarquia do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto, e com quatro votos contra da vereação PS, que diz repudiar “um ciclo político que falhou totalmente na concretização das grandes obras prometidas nos últimos 12 anos”.

O presidente da Câmara Municipal, Amadeu Albergaria, declarou à Lusa que o orçamento e respetivo plano de atividades refletem “contas certas”, alicerçando-se “no rigor, na disciplina e no equilíbrio orçamental”, e apostando “na eficiência financeira, no pagamento a tempo e horas, e na capacidade orçamental para execução de projetos estruturantes”.

A esse nível, o autarca que supervisiona um território de 213,4 quilómetros quadrados prestes “a ultrapassar a fasquia dos 140.000 habitantes” adiantou: “o orçamento prioriza o projeto de execução do Túnel da Cruz, que é imperativo para a concretização de uma das obras mais estruturantes para o nosso território e cuja construção seria competência do Governo, mas a Câmara Municipal assumiu, em sua substituição”.

Dos cerca de 173 milhões de euros previstos para 2025, perto de 50 milhões referem-se a receitas próprias da autarquia, mais de 34 milhões advêm de transferências por parte de fundos do Estado e mais de 16 milhões são verbas da administração central afetas à delegação de competências.

Do total da receita municipal, cerca de 36 milhões resultarão de impostos diretos, o que corresponde a 31% da receita global e representa menos um milhão em cobranças do que neste ano. Nesse contexto, o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) vai manter-se nos 0,365%, enquanto a derrama se situará entre 1 e 1,5%, e o IRS nos 5%.

Já quanto a despesas com recursos humanos, serão na ordem dos 38,7 milhões, o que significa que, depois de representarem de 32,78% da despesa em 2024, passarão a constituir 33,4% da de 2025.

A dívida municipal, por sua vez, deverá situar-se os 11,6 milhões de euros, o que não impede o foco em projetos como a construção do Centro Escolar da Feira, “num investimento de 13 milhões de euros”, a execução dos projetos de intervenção em escolas de Lourosa, Argoncilhe e Paços de Brandão, a 10.ª e 11.ª fases da requalificação da rede viária do concelho, “com impactos indiscutíveis ao nível da segurança rodoviária”, e o já aprovado reforço de 40% na transferência de verbas para as juntas de freguesia.

“O território de Santa Maria da Feira está perante o maior ciclo de investimentos das últimas décadas, tendo nas mãos do Departamento de Obras Municipais, em execução ou a ser projetadas, 123 obras que chegam às 21 freguesias e uniões de freguesia do concelho”, realçou o presidente da autarquia.

A oposição socialista opôs-se, contudo, às prioridades definidas pela Câmara para 2025, já que, como defendeu Márcio Correia, vereador e líder da concelhia local do PS, o presidente “Amadeu Albergaria apresenta apenas desenhos e projetos, o que é prova da incapacidade política do atual executivo PSD”.

“São factos que as obras estruturais estão por executar: o Túnel da Cruz [no bairro dos] Passionistas, o Centro Escolar da Feira, o Eixo Viário das Cortiças entre Lourosa e Fiães, está tudo por fazer”, disse o socialista.

Além disso, “o município tem falta de habitação a preços controlados, tem os processos de urbanização muito lentos, tem falta de bons transportes públicos e não tem políticas de apoio às famílias, embora, simultaneamente, tenha o preço da água muito elevado e impostos altos para habitantes e empresários”.

Antecipando a aproximação das eleições autárquicas, Márcio Correia concluiu: “É o momento de os feirenses pensarem numa mudança política no concelho, para assegurarem a Santa Maria da Feira um melhor desenvolvimento”.

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