PSD Porto repudia ato de Mayan e vai pedir auditoria à Inspeção-Geral de Finanças

PSD Porto repudia ato de Mayan e vai pedir auditoria à Inspeção-Geral de Finanças
Lusa
| Porto
Porto Canal/Agências

O PSD/Porto repudiou esta sexta-feira o comportamento do presidente da União de Freguesias da Foz, Tiago Mayan, e vai requerer a realização de uma Assembleia de Freguesia extraordinária para analisar o tema e solicitar uma auditoria à Inspeção-Geral de Finanças.

Em comunicado, a Comissão Política Concelhia do PSD/Porto e os eleitos do PSD por Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde repudiam “veementemente a atitude” de Tiago Mayan.

“Os autarcas do PSD classificam este ato de enorme gravidade, e afirmam que a situação se traduz numa quebra total de confiança”, lê-se.

Tiago Mayan demitiu-se na quinta-feira do cargo de presidente da junta, alegando falta de "condições pessoais para continuar a exercer" o cargo, assumindo que o motivo era da sua "inteira responsabilidade".

O ex-candidato presidencial apoiado pela Iniciativa Liberal assumiu ter falsificado as assinaturas dos membros do júri do Fundo de Apoio ao Associativismo Portuense, numa ata datada de 16 de setembro.

Recordando que, fruto dos resultados das eleições autárquicas de 2021, o PSD anuiu a integrar o executivo da junta para “dar condições de funcionamento” e de governabilidade, o partido avança que vai requerer a realização de uma Assembleia de Freguesia extraordinária para analisar o tema e solicitar uma auditoria à Inspeção-Geral de Finanças.

O PSD diz ainda esperar que o movimento independente “consiga garantir o funcionamento da junta” e rejeita “para já” um cenário de eleições intercalares, as quais considera que seriam “muito prejudiciais” e que “paralisariam” a atividade da freguesia.

Os social-democratas assinalam ainda que o “ato inaceitável” de Mayan coloca em causa todo o processo do Fundo de Apoio ao Associativismo Portuense e prejudica dezenas de projetos de pequenas associações que “são necessários salvaguardar”.

Em causa está o Fundo de Apoio ao Associativismo Portuense, que nesta edição contemplava um valor global de 875 mil euros.

À semelhança das anteriores edições, o apoio é atribuído pelas juntas de freguesia às associações, tendo o município destinado uma verba máxima de 120 mil euros a cada freguesia.

Tiago Mayan foi eleito, em setembro de 2021, presidente da junta com 36,92% dos votos, pelo movimento independente "Rui Moreira: Aqui Há Porto", apoiado pela Iniciativa Liberal (IL), CDS-PP, Nós Cidadãos e MAIS.

Foram eleitos para o executivo da junta Ana Júlia Furtado, José Ramos, Laura Lages Brito, Germano Castro Pinheiro, Tiago Lourenço (PSD) e Cláudia Bravo (PSD).

Tiago Mayan, ex-candidato presidencial da IL, formalizou em julho a sua candidatura à liderança do partido por estar insatisfeito com o rumo do mesmo e entender que a IL precisa de alcance, amplitude e arrojo.

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