Eixo Atlântico diz que "quem utiliza autoestradas tem que pagar portagens"

| Economia
Porto Canal / Agências

Viana do Castelo, 28 ago (Lusa) - O secretário-geral do Eixo Atlântico afirmou hoje à Lusa, que "quem utiliza autoestradas tem que pagar", dando razão a duas concessionárias das autoestradas portuguesas que reclamam valores de portagens em dívida por parte de condutores espanhóis desde 2008.

"Não existe nenhum problema entre Portugal e os condutores espanhóis. Se as pessoas utilizam as autoestradas, têm que pagar e ponto final. Não há justificação nenhuma. Se os portugueses vêm a Espanha tem que pagar, se espanhóis vão a França têm que pagar e se vão a Portugal também. É a mesma coisa do que ir a uma loja e trazer o produto sem pagar", explicou Xoan Mao.

A Brisa e a Ascendi, duas concessionárias de autoestradas portuguesas, adiantaram hoje à Lusa que equacionam recorrer à justiça para recuperar valores de portagens em dívida por parte de condutores espanhóis desde 2008.

"As dívidas em causa não são específicas de infrações ocorridas nos sistemas de portagem instalados nas ex-Scut [vias anteriormente sem custos para os utilizadores]. Antes se referem à generalidade dos sistemas de cobrança, incluindo portanto os sistemas tradicionais", explicou a Ascendi.

O secretário-geral da associação transfronteiriça criada em 1992, que reúne 34 das maiores cidades do Norte de Portugal e da Galiza afirmou "sentir vergonha que se esteja a criar uma suposta crise com Portugal porque os espanhóis não pagam nas autoestradas".

"Há uma transportadora de mercadorias galega a quem é reclamada uma verba de meio milhão de euros de portagens. Se vai a Portugal é porque tem encomendas que têm que as entregar. É normal que cobre o serviço e não pague portagens", questionou.

Segundo noticiou na quarta-feira o jornal Faro de Vigo, em causa estão 300 mil condutores espanhóis, cerca de 40 mil da Galiza, notificados para regularizarem os valores de portagens, no montante de 11 milhões de euros.

Xoan Mao adiantou que o Eixo Atlântico já tem conhecimento desta situação há quatro meses e adiantou que em relação às antigas Scut não tem registos de situações semelhantes.

"Se existisse, teríamos que diferenciar os casos que ocorressem antes e depois de implementado o EasyToll [sistema de pagamento de portagens eletrónicas para veículos de matrícula estrangeira, que associa a matrícula ao cartão bancário]. Só interviríamos se houvesse coimas antes de ser encontrada a solução para pagamento", sustentou.

ABYC // MSP

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