Freguesias do Porto pedem mais policiamento de proximidade e alertam para o aumento da insegurança

João Nogueira
“Estamos a desaparecer com os polícias de rua”. O alerta foi feito pelos presidentes das freguesias do Centro Histórico e Ramalde, no Porto, que apelaram na Assembleia Municipal do Porto desta segunda-feira, a um maior reforço do policiamento nas ruas devido ao sentimento de insegurança crescente.
O presidente da União de Freguesias do Centro Histórico, Nuno Cruz, destacou que o número de agentes da PSP na cidade tem diminuído ao longo dos anos, ao contrário do clima de segurança: "Em 2010 tínhamos a 12.ª esquadra em Coronel Pacheco, a 7.ª. esquadra na Rua do Paraíso, que fecharam, e só na 9.ª esquadra tínhamos 126 agentes da PSP. Em 2016 passaram a 97 e atualmente temos 70, dos quais 17 estão fixos nos tribunais. Estamos a desaparecer com as polícias da rua."
Exposto o cenário, o presidente apelou ao Governo para aumentar o número de agentes. "A União de Freguesias do Centro Histórico do Porto precisa de mais agentes, mais polícias nas ruas. Quem se recorda de ver rondas de agentes em Santa Catarina, na Rua de Cedofeita, na Avenida dos Aliados, eram vistos e respeitados".
Patrícia Rapazote, presidente da Junta de Freguesia de Ramalde, também pediu mais segurança e disse que os problemas associados ao crime são mais frequentes: "Em Ramalde também estamos com alguns problemas de insegurança. Cada vez mais temos mais assaltos, cada vez mais recebo emails de pessoas que têm receio de ir passear o cão de coisas banais que não deviam ser. As pessoas não deveriam ser privadas dessa sensação de segurança."
A presidente daquela Junta de Freguesia também lançou o pedido ao Governo que aumente o policiamento e a necessidade de melhorar a videovigilância em Ramalde. "Era importante as autoridades terem atenção a esta problemática e era importante haver investigação".