Porto de Vila Praia de Âncora recebe grua móvel "para os pescadores terem condições de segurança"

Porto de Vila Praia de Âncora recebe grua móvel "para os pescadores terem condições de segurança"
Foto: CM Caminha
| Norte
Porto Canal / Agências

A Docapesca instalou na ponte-cais de betão do porto de pesca de Vila Praia de Âncora uma grua móvel para melhorar as condições de segurança dos pescadores na descarga do pescado, revelou a Câmara de Caminha.

“Já está no porto de Vila Praia de Âncora uma grua móvel de 500 quilogramas, instalada na ponte-cais de betão. Esta é a solução imediata que a Docapesca – Portos e Lotas, SA encontrou para os pescadores terem condições de segurança”, afirma aquela autarquia do distrito de Viana do Castelo, em comunicado.

No dia 6, a Associação de Pescadores de Vila Praia de Âncora alertou que a descarga de peixe era feita “à mão, caixa a caixa”, pelo único pontão fixo do porto daquela localidade, após os dois flutuantes terem ficado inoperacionais.

Em 11 de dezembro, a Docapesca abriu um concurso com o preço base de 150 mil euros para “reposicionamento e reforço de amarrações do cais flutuante de apoio à pesca” no porto de Vila Praia de Âncora.

A Câmara de Caminha assinala que “a solução imediata para que os pescadores pudessem dispor de condições de segurança foi a instalação da grua móvel na ponte-cais de betão”, uma vez que se prevê que a intervenção agora em concurso fique “concluída até maio de 2024”.

A autarquia diz ter recebido da Docapesca a informação de que, “na zona sul do porto (área da náutica de recreio), o cais flutuante foi retirado para seco porque se estava a partir devido ao assoreamento e será reposicionado quando houver nova dragagem”.

“Da mesma forma, refere a Docapesca, na zona norte do porto (área da pesca profissional) o cais flutuante que foi instalado em 2019 fica muito exposto à água que galga o molhe, desloca-se e separa-se da ponte de acesso”, descreve a Câmara.

O município diz também que aquele cais está “afastado da ponte de acesso, sem permitir que se faça a descarga do pescado através dele”.

Contactada pela Lusa em 6 de dezembro, a Docapesca explicou que a resolução do problema estava dificultada pelo assoreamento da bacia portuária, estando prevista uma dragagem.

“Relativamente aos pontões flutuantes, tiveram de ser retirados há cerca de um ano para reparação, não tendo sido ainda possível a sua recolocação, devido a questões de segurança relacionados com o agravamento do assoreamento da bacia portuária. Está prevista a realização de uma dragagem por parte da DGRM – Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, no final do inverno marítimo em 2024”, indicou.

A Associação de Pescadores assinalou que “sete embarcações já saíram” do porto de Vila Praia de Âncora para operar noutros portos, por não conseguirem fazer a descarga do pescado.

Mantêm-se no porto de pesca 15 embarcações profissionais, que enfrentam “problemas de segurança” com a descarga manual para o único pontão acessível, indicou o presidente da entidade, Vasco Presa.

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