Contentores continuam junto à via pública após incidente que atingiu carro em Leixões
Catarina Cunha
Como o Porto Canal noticiou na semana passada, dois contentores marítimos galgaram a vedação das instalações do Terminal Ferroviário de Cargas de Leixões, em Matosinhos, no distrito do Porto, e atingiram um veículo que estava a circular naquela via rodoviária, tendo provocado ferimentos nos dois ocupantes da viatura.
O incidente ocorreu na Avenida Comércio de Leixões, num dia em que Portugal Continental estava a ser afetado pela tempestade Ciarán com precipitação predominante e vento forte, a razão apontada pela Administração do Porto do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) para o acontecimento ter ocorrido.
Dois contentores galgaram as instalações do Terminal de Leixões
“No momento antes do acidente registaram-se, localmente, rajadas de vento com cerca dos 100 Km/h, e que provocaram o derrube dos contentores”, ressalva a mesma entidade.
Em resposta ao Porto Canal, a APDL assegura que “foi o primeiro acidente desta natureza” a ter lugar no Terminal de Leixões e após o mesmo “avaliou o escalonamento das pilhas de contentores”, procedendo ao reajuste da “sua estruturação”.
Contentores marítmos estão contíguos à via pública
Contudo, no local, é percetível o empilhamento de duas a três pilhas de contentores - situação já visível antes da ocorrência de 2 de novembro- contíguos à via pública, aparentando estarem sem proteção para eventuais quedas.
A gestora do espaço evidencia que o “empilhamento usado não difere da forma de empilhar de qualquer outro terminal de contentores”, sendo, até, “mais reduzido em altura, que em terminais de maior movimento”.
A empresa reforça ainda que “mantém desde sempre, o mesmo padrão de loteamento de contentores vazios, estivados em blocos a diferentes alturas e em “escada”” e que este ‘sistema’ “oferece condições de estabilidade às pilhas”.
“Foram também avaliados todos os procedimentos associados à intensidade do vento, e, em paralelo e acionado o Plano de Segurança Interna do Terminal Ferroviário de Leixões remetendo para as suas conclusões eventuais diligências futuras”, finaliza a APDL.
Ver esta publicação no Instagram