Ministério Público pede condenação de Eduardo Vítor Rodrigues em julgamento de peculato, defesa denuncia “falta de rigor”

Ministério Público pede condenação de Eduardo Vítor Rodrigues em julgamento de peculato, defesa denuncia “falta de rigor”
| Norte
Porto Canal

O Ministério Público (MP) quer a condenação do presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, e também da sua mulher, Elisa Rodrigues, num julgamento em que é acusado de peculato. Já a defesa dos dois arguidos pede a absolvição, avança o Jornal de Notícias.

Em causa está a utilização de um veículo elétrico do município “como se fosse seu”, aponta o despacho de acusação do MP. O Renault Zoe fora adquirido em regime de locação financeira pela empresa municipal Águas de Gaia, na sequência de contrato de ajuste direto celebrado em 13 de outubro de 2017, “mediante o pagamento de uma renda mensal” de 614 euros.

“Em consequência desta atuação, refere a acusação, os arguidos “beneficiaram indevidamente” de 4.916 euros, valor das oito rendas da locação do veículo – entre novembro de 2017 e junho de 2018.

Citado pelo jornal, o MP referiu nas alegações finais que “da prova documental resulta que o veículo foi conduzido pela D. Elisa em várias deslocações, e as diligências da PJ revelam que a arguida conduziu o carro até à data em que começou a utilizar um Megane”.

De acordo com a acusação é do valor mensal pago pelo “leasing” que o autarca se terá apropriado. “é desta renda [614 euros/mês] que é despendida pela Águas de Gaia, que se apropriam o presidente da Câmara e a sua esposa. Não é propriamente do automóvel”, aponta citada pelo JN.

Apesar de o crime imputado seja de peculato, a defesa aponta que, caso haja crime, este será de peculato de uso.

A defesa dos arguidos, citada pelo jornal, afirma que existe uma “notória falta de rigor”. “A única prova levada para o processo decorre de vigilâncias [da PJ] feridas de legalidade e que decorreram num curto período de tempo [21/05/2018 a /02/06/2018], sendo que, em várias delas, o que se vê é o veículo parado. Quando está a circular, não se percebe quem conduz”, refere o advogado Carlos Dias.

Além de afirmar que há uma “errada qualificação jurídica dos factos em causa”, a defesa do presidente da Câmara de Gaia e da sua esposa pede a absolvição.

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