Centenas de manifestantes querem a "demissão já" do Governo

Centenas de manifestantes querem a "demissão já" do Governo
| Política
Porto Canal

Centenas de pessoas pediram hoje a demissão do Governo, num protesto que está a decorrer diante do Palácio de Belém, onde decorre uma reunião do Conselho de Estado para discutir a situação "pós-troika".

O protesto iniciou-se às 15:00, mas só perto das 18:00 é que começou a juntar um maior número de manifestantes, que, ao som de apitos e de panelas, pedem, ruidosamente, a demissão imediata do Governo PSD/CDS-PP.

"Está na hora do Governo ir embora", "Demissão, demissão" e "Cavaco ladrão, o teu lugar é na prisão" são as palavras de ordem mais ouvidas na concentração, que foi convocada pelo movimento "Que se lixe a troika", que também contou com a adesão de outras organização, designadamente a Plataforma 15 de Outubro e o Movimento Nacional de Reformados Portugueses.

A atriz Luísa Ortigoso, uma das signatárias do movimento "Que se lixe a troika", disse à agência Lusa que "o Presidente da República não está a exercer as suas funções, que passam pela defesa da Constituição", adiantando que o que se impõe é a demissão do Governo.

A atriz salientou que as políticas de direita e neo-liberais do Governo "são um ataque transversal a toda a sociedade".

"Nunca se viu tanta gente a ser atacada. Por isso, a demissão do Governo tem de ser já", disse ainda.

Na concentração sobressai um grande número de reformados que protestam contra as medidas de austeridade do Governo, as quais podem vir a passar por cortes nas pensões.

Manuel Carvalho, 77 anos, disse à agência Lusa que "a situação do país está cada vez pior".

"Isto é uma miséria. Este país está um caos", afirmou, lamentando que os reformados estão a ser "atacados", porque já não podem reivindicar.

O movimento "que se lixe a troika" está a aproveitar o protesto para recolher assinaturas para a moção de censura popular destinada a pedir a demissão do Governo.

A moção de censura - que foi lançada na manifestação de 02 de março - será entregue ao Presidente da República e à Assembleia da República.

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