Papa diz a Américo Aguiar para ter Setúbal no coração

Papa diz a Américo Aguiar para ter Setúbal no coração
Foto: Ricardo Perna | Agência Ecclesia
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Porto Canal/Agências

O bispo Américo Aguiar afirmou este sábado que o Papa lhe disse para ter “Setúbal no seu coração”, quando foi investido cardeal por Francisco, no consistório na Praça de São Pedro, na Cidade do Vaticano.

Ao descrever o momento que se seguiu à entrega do barrete e anel cardinalícios, e da bula de nomeação, Américo Aguiar, futuro bispo da Diocese de Setúbal, afirmou que Francisco “falou de Setúbal”.

“‘Tem Setúbal no seu coração’”, precisou o cardeal, considerando que foi “particularmente bonito e inspirador”.

O até agora bispo auxiliar de Lisboa falava aos jornalistas na sessão de cumprimentos após o consistório, por onde passaram diversas entidades civis, eclesiásticas e políticas portuguesas, incluindo a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, em representação do Governo, o ministro das Finanças e ex-presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, ou o presidente do Partido Socialista, Carlos César.

Américo Aguiar adiantou que, em razão da Igreja titular que lhe foi atribuída, Santo António de Pádua na Via Merulana, em Roma, o Papa “disse umas piadas sobre isso, [Santo António] ‘de Lisboa ou de Pádua, agora entendam-se’”.

“Para mim, é particularmente significativo que esta Igreja tenha sido a Igreja titular do cardeal António Ribeiro e também do cardeal Hummes, o culpado do nome Francisco”, prosseguiu, reconhecendo que tudo isso são sinais, “recados e provocações que coloca no coração”.

Sobre o que sentiu quando se preparava para receber os símbolos cardinalícios das mãos de Francisco, Américo Aguiar lembrou-se da vigília na Praça de São Pedro, na Quaresma de 2020, no contexto da pandemia de covid-19.

“Senti a partilha desse peso, dessa caminhada. Depois, ‘In manus tuas’ [nas tuas mãos, lema episcopal]”, prosseguiu, referindo que, a partir do momento que se entrega “nas mãos de Deus, seja o que Deus quiser”.

Quanto à homilia do Papa, assumiu não ser “muito bom a música”, mas faz parte de “uma orquestra sinfónica e sinodal.

“E agora vamos dar música, isso é que é preciso”, declarou, referindo que “um homem do Norte rapidamente se adapta a qualquer instrumento”.

Relativamente ao abraço demorado a Francisco, adiantou que sempre que se encontra com o Papa tem “este gesto de simpatia, de carinho, de avô, de neto, de pai, do filho, de sucessor de Pedro e de colaborador próximo”.

O novo bispo de Setúbal foi este sábado investido cardeal, tornando-se no 47.º cardeal português da História.

Américo Aguiar recebeu o anel e barrete cardinalícios, assim como a bula de criação, tendo-lhe sido atribuído o título da Igreja de Santo António de Pádua na Via Merulana, em Roma.

Foram titulares desta Igreja o cardeal-patriarca de Lisboa António Ribeiro (1928-1998) e o cardeal brasileiro Claudio Hummes (1934-2022), que inspirou o Papa a escolher o nome de Francisco, ao dizer-lhe “não te esqueças dos pobres”.

No consistório para a criação de novos cardeais, o Papa Francisco disse que o Colégio Cardinalício é chamado a assemelhar-se a uma orquestra sinfónica, onde a diversidade é indispensável, mas deve concorrer para um resultado comum, sendo "fundamental a escuta mútua".

Recorrendo à imagem da orquestra, que “representa a dimensão sinfónica e a sinodalidade da Igreja”, o tema da Assembleia do Sínodo que começa na próxima quarta-feira, o líder da Igreja Católica sustentou que esta metáfora “pode muito bem iluminar o caráter sinodal da Igreja”.

“Uma sinfonia vive da sábia composição dos timbres dos diversos instrumentos, cada um dá o seu contributo, ora sozinho, ora combinado com outro, ora com todo o conjunto”, referiu Francisco.

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