Há sete anos que os telemóveis ‘não entram’ numa escola em Santa Maria da Feira

| Norte
Catarina Cunha

Este ano, o regresso às aulas está a ser marcado pela proibição do uso de telemóveis em alguns estabelecimentos de ensino. Na escola básica 2,3 António Alves Amorim, na freguesia de Lourosa, em Santa Maria da Feira, os telemóveis já ficam à porta da sala de aula desde 2017.

A medida foi implementada pela mão da diretora da instituição, Mónica Almeida, prendendo-se, sobretudo, “com o facto de nós acharmos que os nossos alunos eram muito agarrados ao telemóvel e queríamos que eles nestas idades socializassem”.

O professor a lecionar a primeira disciplina do dia de aulas é o responsável por guardar numa caixa todos os telemóveis e arrumar a mesma num armário. A devolução dos equipamentos aos estudantes acontece no final do dia, “pelo último professor”, conta ao Porto Canal a responsável pela direção da básica.

 
 
 
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A exceção à regra apenas é autorizada “para fins pedagógicos”, após indicação do docente. Todos os alunos que não cumpram à risca a norma, são suspensos por um período de três dias.

“No início, houve alguns infratores, mas (…) neste momento é residual, não há momentos em que o aluno vá para casa por esse motivo”, explica a diretora.

De acordo com Mónica Almeida, hoje em dia, os alunos da básica “são muito mais ativos”, sem o ´pendura´ do telemóvel, e o próprio “desporto escolar tem potenciado porque os alunos replicam o que fazem no desporto escolar no intervalo”.

Isso, levou a que a instituição reforçasse as infraestruturas desportivas. Portanto, com esta proibição, é comum ver os alunos a conversar entre corredores e a recuarem no tempo ao brincarem como ‘antigamente’.

Mónica Almeida assegura que o balanço da medida tem sido “muito positivo” e que “a medida é para manter, pois não vemos nenhum prejuízo em ter os alunos sem telemóveis na escola”. Por isso, “recomenda [a experiência]” a outros diretores de escolas.

Proibição “melhorou socialização”

Rafael tem 13 anos é aluno de 8º ano de escolaridade e não deixou de dar o seu ´voto nesta matéria’.

Para o estudante, que passa duas horas por dia em frente ao ecrã, a iniciativa “melhora a socialização, visto que passámos a conhecer melhor [os colegas] e conversar sobre tudo o que há de novo.

“Por exemplo, eu até fiquei melhor no futebol, porque jogava com os meus amigos no intervalo”, acrescenta.

Uma colega de escola de Rafael, a Matilde de 12 anos, que frequenta o 7º ano de escolaridade comenta que agora, durante os intervalos, “joga cartas, ou às escondidas”. Na opinião da pré-adolescente afirma que a medida também devia de ser instaurada em outras escolas.

 

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