100 mil portugueses têm problemas de jogo com raspadinhas

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Porto Canal

Em Portugal, 100 mil cidadãos têm problemas de jogo com raspadinhas, sendo que 30 mil dessas pessoas têm mesmo perturbação de jogo patológica, de acordo com Pedro Morgado, investigador da Universidade do Minho (UM), que coordenou um estudo encomendado pelo Conselho Económico e Social.

Não há um padrão de compradores de raspadinhas em Portugal. Contudo, as pessoas menos instruídas e com menos rendimentos tendem a ser mais vulneráveis no que diz respeito ao desenvolvimento de doenças associadas ao vício no jogo, de acordo com o estudo que foi disponibilizado ao Público.

Segundo os dados compilados pela equipa da UM, uma pessoa com rendimentos entre os 400 e os 664 euros tem o triplo das probabilidades de ser jogador frequente.

Por sua vez, as pessoas com mais de 66 anos apresentam duas vezes mais probabilidades de serem jogadores frequentes de raspadinha, quando comparadas com pessoas entre os 18 e os 36 anos.

Aqueles que consomem pelo menos quatro copos de bebidas alcoólicas por dia têm dez vezes mais probabilidade de tentar a sorte neste jogo.

Os cerca de 30 mil jogadores que terão já uma patologia associada não são já capazes de decidir racionalmente e de avaliar as consequências do jogo, uma vez que a ilusão pelo jogo distorce a perceção do número de vezes que já venceu.

Em 2020, num estudo anterior, os portugueses gastaram cerca de 1,4 mil milhões de euros em raspadinhas, o que dá uma média de quatro milhões por dia.

Com base neste estudo e no valor investido pelos portugueses no jogo de sorte, os investigadores reuniram um conjunto de recomendações para desincentivar o vício no jogo, que será apresentado ao Governo.

Algumas das medidas sugeridas passam pela obrigatoriedade de um cartão de jogador que confirme que não há nenhuma patologia associada e várias campanhas que informem acerca dos riscos associados ao jogo.

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