O Inventário do Arvoredo em Espaço Urbano de Baião, apresentado esta quinta-feira naquele concelho do distrito do Porto, disponibiliza uma aplicação informática ligada ao GPS, caracterizando, em tempo real, 2.158 árvores.

Segundo a Associação Florestal de Entre Douro e Tâmega, que realizou o trabalho a pedido da autarquia, a aplicação permite a monitorização de cada espécime, em espaço urbano no concelho, incluindo freguesias, com atualização regular.

Acedendo à página na Internet do Município de Baião, os cidadãos podem conhecer os pormenores de cada árvore, como a espécie (nome científico e comum, num total de 110 espécies), geolocalização, dimensões, idade e estado fitossanitário, além de fotografias e mapas, entre outros dados.

Pedro Alves, técnico da entidade que executou o trabalho, destacou, em conferência de imprensa, que o inventário, “completamente desmaterializado”, facilita a divulgação do património arbóreo junto da população e permite aos serviços do Município “uma melhor gestão do património e o planeamento dos espaços urbanos”.

Além disso, destacou, os munícipes podem, através da plataforma 'online', apresentar requerimentos sobre matérias relacionadas com o património arbóreo e prestar informações, nomeadamente alertas dirigidos à autarquia.

Referiu ainda que a aplicação, “com este nível de informação”, é a única do género em Portugal.

A realização do inventário, que foi revelado esta quinta-feira, decorreu de legislação publicada em 2021, que obrigava os municípios a fazê-lo, até agosto deste ano.

No caso de Baião, o regulamento municipal foi aprovado em 2022 e nele estão consagradas todas as regras e técnicas operacionais do arvoredo.

Os dados do inventário municipal, disse o técnico, vão a partir de agora ser regularmente atualizados por técnicos do município, que receberão formação para operarem os equipamentos e as aplicações informáticas necessários.

O presidente da Câmara de Baião, Paulo Pereira, disse aos jornalistas que o inventário apresentado vai “muito além do que a legislação obrigava”, sobretudo porque a aplicação informática permite aos cidadãos, através da Internet, aceder aos dados que resultaram da recolha de informação realizada pelos técnicos.

A interatividade com os munícipes foi outra vantagem destacada pelo autarca.