A beneficiação da antiga Estrada Nacional 304-3, em Baião, já consignada, vai custar mais cerca de 200 mil euros do que a estimativa inicial, mas a autarquia disse esta sexta-feira esperar que Governo mantenha a comparticipação de 90%.

Quando a obra foi lançada a concurso público, em agosto de 2022, o custo estimado era de 1,4 milhões de euros, mas não houve concorrentes.

Um segundo procedimento acabou por determinar a adjudicação da empreitada, em janeiro deste ano, por 1,62 milhões de euros.

Um protocolo que tinha sido assinado entre a Infraestruturas de Portugal e a Câmara de Baião, partindo da estimativa de custo inicial da empreitada, previa que a obra pudesse ser comparticipada em 90% pela administração central.

Com o aumento do encargo entretanto registado, Baião, através do seu presidente, Paulo Pereira, manifestou vontade de que a tutela possa manter o compromisso de suportar 90% do encargo.

A realização da empreitada é o culminar de um longo processo, de 18 anos, iniciado em 2004 quando aquela infraestrutura rodoviária, "estreita e sinuosa", foi desclassificada e transferida para a câmara municipal, com o pressuposto de que a sua requalificação pudesse ser executada com o apoio de fundos europeus, o que nunca ocorreu.

Após anos de reclamações da autarquia junto dos sucessivos governos, só agora foi possível criar condições para a realização da obra.

“Bati a várias portas a manifestar esta injustiça”, comentou, a propósito, o presidente da câmara, no ato formal de consignação da empreitada que decorreu na quarta feira.

Aquele troço de estrada liga as localidades de Santa Marinha do Zêzere, Teixeira e Teixeiró.

Segundo o autarca, aquela obra é “um ato de justiça” e representa a “concretização de mais um compromisso assumido com os baionenses”.