A procura por refeições vegetarianas está a aumentar a cada dia que passa nas cantinas escolares. Vila Nova de Gaia está no topo da lista de municípios com maior consumo, segundo o Jornal de Notícias (JN).

De acordo com o que o JN avança, a maioria dos municípios portugueses disponibilizam opção vegetariana nas cantinas escolares para diversos níveis de ensino, obrigatória por lei desde 2017.

Segundo as câmaras municipais, a procura por estas refeições está a aumentar. Alguns municípios afirmam que isto se verifica quando o prato do dia é peixe e outros afirmam que é devido ao aumento de alunos imigrantes, principalmente, de origem asiática.

O JN afirma que, após uma análise a 150 municípios, por norma, a opção vegetariana é disponibilizada mediante pedido expresso dos pais ou alunos no início do ano letivo, especialmente no 1º ciclo e no pré-escolar.

Além disso, em algumas escolas, a única refeição escolar para todos os alunos é um prato vegetariano, uma vez por mês ou em cada 15 dias, de modo a promover o consumo de alimentos de origem vegetal.

Vila Nova de Gaia está no topo da lista de municípios onde há maior consumo. De seguida, está Lisboa, que “numa média mensal de 294 701 de refeições, são servidos 5 526 pratos vegetarianos, cerca de 1,9%, a maioria no ensino secundário (1,5%). Os restantes níveis de ensino têm, cada um, 0,1% da procura".

Existem, no entanto, municípios que não mostram consumo, ou porque não implementaram lei, é o caso da Ponte de Barca, Castro Daire e Serpa ou porque não existem pedidos por parte de quem consume, é o caso da Póvoa de Lanhoso, Monção, Macedo de Cavaleiros e Montalegre.

Segundo a lei, lê-se que o prato pode ser dispensado, se houver a ausência de procura. No entanto, no caso de procura reduzida, as entidades “podem estabelecer um regime de inscrição prévia". A fiscalização do cumprimento é da responsabilidade da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).

Apesar desta opção ter passado a ser obrigatória no ano letivo de 2017/2018, Porto, Lisboa, Sintra, Paredes de Coura, Santarém, Óbidos e São Pedro do Sul já a têm desde há cerca de 10 anos.