Cerca de 8500 professores vão entrar este ano para os quadros do Ministério da Educação que recebeu, no novo concurso de vinculação dinâmica, 6159 candidaturas ficando por preencher cerca de duas mil vagas.

Além da vinculação dinâmica, a tutela recebeu 2393 candidaturas no concurso externo, que permite a vinculação ao abrigo da chamada norma-travão, dirigida apenas aos professores com três contratos anuais sucessivos. Foram preenchidas 99% das 2401 vagas.

Entre os dois concursos, havia 10624 lugares de quadro disponíveis, mas candidataram-se apenas 8552 professores (80,5%).

A chamada vinculação dinâmica é uma das novidades do novo regime de gestão e recrutamento de professores e permite que os docentes sejam integrados nos quadros à medida que acumulem o equivalente a três anos de serviço.

Em maio, o Ministério da Educação abriu o concurso para a nova forma de vinculação, com 8223 lugares disponíveis e, de acordo com dados divulgados hoje pela tutela, concorreram apenas 6159 professores.

Por preencher, ficam assim cerca de dois mil lugares nos quadros de zona pedagógica, que representam 25% do total de vagas.A

A maioria das vagas para o concurso de vinculação dinâmica era para os quadros de zona pedagógica do norte litoral, entre Viana do Castelo e Porto (3204), e Lisboa (1537).

O objetivo do Ministério da Educação é, no entanto, reduzir o número de professores nos quadros de zona pedagógica, priorizando antes os quadros de escola, que asseguram maior estabilidade aos docentes.

Por isso, em 2024 deverão ser disponibilizadas cerca de 20 mil lugares em quadro de escola, aos quais todos os professores vão poder concorrer. A colocação será feita de acordo com a graduação profissional e preferências dos docentes de forma a corrigir ultrapassagens na vinculação, segundo o ministro João Costa.

No entanto, os docentes terão de concorrer a escolas de todo o país e, por isso, os lugares agora ocupados no âmbito da vinculação dinâmica são provisórios.

A possibilidade de serem colocados longe de casa no próximo ano foi, segundo organizações sindicais, um dos principais motivos a afastar os docentes da vinculação já este ano.