Exposição de louça em Matosinhos conta história portuguesa

Exposição de louça em Matosinhos conta história portuguesa
Francisco Teixeira | CMM
| Norte
Porto Canal

Helder Pacheco e Maria José, em tempos de namoro, tinham o hábito de viajar por Portugal para visitar feiras de louça. Estas visitas despertaram o interesse do casal que, mais tarde, iniciou uma coleção de cerâmica popular com peças de várias áreas geográficas nacionais. Até ao dia 19 de agosto, as peças estarão expostas na exposição ‘Memórias de Nós’, na galeria da Biblioteca Municipal Florbela Espanca, em Matosinhos.

De acordo com o jornal ‘PÚBLICO’, o ponto de partida para a exposição foi o convite da Câmara de Matosinhos para o autor reeditar o livro ‘Memórias e Coração da Feira de Louça’, publicado em 1994, com algumas revisões para mostrar o tanto que o mundo mudou, e a apresentação do livro ‘Matosinhos: Memórias e Coração da Feira da Louça – uma resposta para a nostalgia’, realizada esta terça feira, às 16 horas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

Durante o processo de “desenho” do livro, o designer Nuno Leal visitou a casa do autor para procurar imagens, deixando-se deslumbrar pela coleção de cerâmicas do casal e propôs a exposição. Hélder Pacheco, atualmente com 86 anos, aceitou o convite, continuando assim a cumprir a sua “missão” de ser professor e “defender o Porto”.

A feira da louça é “uma referência cultural do senhor de Matosinhos” que, este ano, decorre na cidade até ao dia 11 de junho assim como tradição em várias festas em vários pontos do país”. De acordo com Helder Pacheco, apesar da falta de documentação oficial, a primeira referência à feira apareceu em ‘O Comércio do Porto’ de 7 de junho de 1881.

Apesar da tradição, com o passar dos anos e dos novos utensílios que surgiram, nomeadamente o micro-ondas, congelador e a máquina de lavar a loiça, de acordo com o ‘PÚBLICO’, as louças de cerâmica perderam a sua “funcionalidade”, o que afastou os compradores. Helder reconhece, com tristeza, que nos tempos que correm, a olaria popular acabará, mais tarde ou mais cedo, por representar uma “nostalgia e recordação” e exige uma batalha contra esse fim. Para o portuense, deverá lutar-se para alargar a tradição, integrando cerâmicas de outras áreas geografias, diversificando a oferta e, assim, atiçando o colecionismo e convidando as pessoas à experiência do regresso às origens.

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