FC Porto: "Continuo a achar que somos a equipa mais forte", admite Sérgio Conceição
Porto Canal
Sérgio Conceição lamentou a perda da Liga, mas já apontou a mira à final da Taça de Portugal,
O FC Porto bateu o Vitória de Guimarães (3-0) no Estádio do Dragão, mas vai terminar a Liga na segunda posição pois o Benfica aplicou a mesma receita na receção ao Santa Clara. Após o encontro relativo à 34.ª e última jornada da prova, Sérgio Conceição deixou mensagens ao clube e aos adeptos e lamentou que os azuis e brancos tenham andado quase sempre “atrás do prejuízo”. “A justiça tem muito que se lhe diga e temos que ver muitas situações que se passaram ao longo do ano. Não quero tirar mérito ao Benfica e ao seu treinador, mas em momentos importantes houve algum demérito nosso e várias situações que nos prejudicaram, como arbitragens e lesões”, acrescentou o treinador portista.
O clube e os adeptos
“Antes de falar do jogo, quero deixar uma palavra à instituição FC Porto, que inspira toda a gente a dar o seu máximo ao longo do ano. Depois, aos adeptos, que sustentam a alma do clube. Em terceiro, uma palavra aos jogadores, ao staff e aos diferentes departamentos que trabalham connosco e que dão 100% para que o FC Porto seja um clube que, ano após ano, marque de forma forte aquilo que é a sua marca em Portugal e na Europa.”
O resumo do jogo
“Fomos uma verdadeira família dentro do campo, mesmo sabendo que não dependíamos de nós. Independentemente do que pudesse ocorrer no jogo do adversário, tínhamos que fazer o nosso trabalho e dar uma prova de caráter e de personalidade. Nestes momentos, que são difíceis, é bom ver uma equipa dedicada, ambiciosa e muito determinada, independentemente da expulsão. É um orgulho para mim enquanto treinador. Há pouco a dizer sobre o jogo, pois o Vitória de Guimarães tentou organizar-se após a expulsão, mas a realidade é que o jogo não teve história.”
O segundo lugar no campeonato
“Nos momentos em que a equipa precisava de dar uma boa resposta, deu, mas faltou alguma desta consistência no início. Tivemos de ir sempre atrás do prejuízo e isso custou muito. O Benfica fez uma primeira volta fantástica, mas continuo a achar que somos a melhor equipa. Ganhou quem fez mais pontos. A justiça tem muito que se lhe diga e temos que ver muitas situações que se passaram ao longo do ano. Não quero tirar mérito ao Benfica e ao seu treinador, mas em momentos importantes houve algum demérito nosso e várias situações que nos prejudicaram, como arbitragens e lesões. Isso nunca foi e nunca será uma desculpa para mim. As contas são o que são, há uma frustração grande em todo o balneário, mas continuo a achar que somos a equipa mais forte. Infelizmente, isso não chega.”
Uma equipa à imagem do Mar Azul
“Já tenho muitos anos de casa, como jogador e treinador, e sei que é preciso a equipa ter determinadas características que vão de encontro aos adeptos, pois eles reveem-se na equipa. Isso é um motivo de orgulho para mim. Temos que baixar a cabeça por um momento, olhar para o nosso símbolo e perceber que ainda há um título em jogo para tentarmos conquistar.”
Dois títulos que ainda podem ser três
“Foi um ano positivo, mas não muito positivo. Já conquistámos dois títulos e garantimos a qualificação direta para a Liga dos Campeões, que é algo sempre importante para o clube. Agora estamos na luta pelo terceiro título. Uma época muito positiva seria vencermos os quatro títulos nacionais, mas hoje perdemos um e temos que ir à luta pelo que falta.”