Associação em luta contra o abate de mais de 100 árvores no Porto

Associação em luta contra o abate de mais de 100 árvores no Porto
| Porto
Catarina Cunha

“Não ao abate das árvores” é a frase da “luta” do Núcleo de Defesa do Meio-Ambiente de Lordelo do Ouro (NDMALO-GE) que estão contra o abate iminente das árvores naquela zona da cidade do Porto e as que estão junto ao bairro da Pastelaria.

A ação pública da associação foi realizada esta sexta-feira em Lordelo do Ouro, no âmbito da celebração do Dia Mundial dos Jardins, comemorado no dia 25 de maio.

As 34 árvores em Lordelo do Ouro serão abatidas para dar início ao projeto de construção de uma torre com 13 andares e cinco blocos, o que dá um total de 320 fogos. O parque urbano da Pasteleira também está a ser ameaçado com a demolição de 87 árvores. Fazendo as contas, mais de 100 árvores serão abatidas.

“O projeto de prolongamento de uma via irá cortar a mata da Pasteleira, mais uma vez”, assume com tristeza o presidente do NDMALO-GE, em entrevista ao Porto Canal.

Perante a avalanche de abate de árvores, Belmiro Cunha pede sensibilização à Câmara Municipal do Porto e caracteriza a situação como “um erro” e uma “contradição muito grande” da autarquia, tendo em conta a recente implementação do Plano de Arborização, que visa tornar o Porto com uma floresta mais densa.

Porto Canal

Imagem: André Arantes

O responsável pela associação ambiental confirma que têm comunicado com o executivo, pedindo um travão e uma alternativa para este “desastre ambiental”, “mas pouco têm adiantado (…) pois alegam que a habitação é o problema número um da cidade e que vão construir mais árvores nesta zona, [quando estas forem abatidas]”.

Segundo informação do presidente, este argumento já dura há quatro anos, desde que foi anunciada a construção dos projetos, que, neste momento, encontram-se adjudicados.

O líder da organização deixa claro que não está contra a aposta habitacional no Porto, mas acredita que a freguesia visada já está “densamente povoada” e por isso defendem a construção de habitações “em zonas onde há falta de necessidade habitacional”. Assim sendo, o próprio admite que Lordelo do Ouro passará a ser preenchido “com milhares de metros quadrados ocupados com cimento”.

“Só queremos que as pessoas reflitam, principalmente, os responsáveis e que analisem e verifiquem se não há alternativas para estas construções, sem ser necessário o abate de árvores. Existem alternativas. As alternativas são ocupar os espaços que não estão arborizados”, reforça Belmiro Cunha.

Divórcio com a população

Na ação pública estavam presentes apenas quatro pessoas. O presidente do NDMALO-GE diz que a falta de apoio “não é uma fraqueza” e confessa que existe um conflito completo com a população, que, na sua opinião, “só se vai manifestar quando virem a Câmara a cortarem as árvores". Belmiro Cunha acrescenta que têm apelado "à lamentação cívica (...), mas ninguém acredita que as árvores vão ser deitadas a baixo”.

O Porto Canal tentou contactar o Município do Porto acerca desta situação, mas não obteve qualquer resposta, até ao momento desta publicação. 

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