TAP. Ex-administrador financeiro acredita que privatização estava subjacente à aprovação da reestruturação

TAP. Ex-administrador financeiro acredita que privatização estava subjacente à aprovação da reestruturação
| País
Porto Canal / Agências

O ex-administrador financeiro da TAP disse acreditar que a privatização da companhia aérea estava subjacente à aprovação da reestruturação pela Comissão Europeia, embora não se recorde que esteja mencionado no plano ou na comunicação com Bruxelas.

“Eu acho que a reorganização da TAP passaria pela sua privatização, creio que estava subjacente ao processo de aprovação da reorganização da TAP”, respondeu João Gameiro ao deputado Pedro Filipe Soares, na comissão de inquérito à companhia aérea.

O deputado do Bloco de Esquerda (BE) tinha questionado sobre as negociações do plano de reestruturação da TAP com a Comissão Europeia, que o viria a aprovar em dezembro de 2021, e sobre a intenção de privatização novamente da empresa.

“Com toda a franqueza eu não me recordo, se me pergunta onde está no plano de reestruturação ou na correspondência da Comissão Europeia a questão da privatização, eu não me recordo de lá estar. Pode estar, mas eu não me recordo”, afirmou o ex-administrador, que exerceu funções na TAP durante quatro meses em 2021.

Em resposta ao deputado da Iniciativa Liberal Bernardo Blanco, Weber Gameiro salientou que, quando foi CFO, “era impossível a TAP levantar dinheiro no mercado privado”, por ter uma estrutura financeira “muito desequilibrada” e “perspetivas de recuperação [da pandemia] covid mais demoradas do que os seus comparáveis”.

Questionado assim se, quando a TAP recorreu a um empréstimo do Estado no valor de 1.200 milhões de euros, já se sabia que o dinheiro não iria ser devolvido aos contribuintes, Weber Gameiro referiu que, para conseguir devolver esses 1.200 milhões de euros, a companhia teria de os “levantar noutro local qualquer”, o que na altura era impossível.

Na terceira ronda, o deputado do Chega Filipe Melo criticou o facto de Weber Gameiro se ter demitido por não haver um seguro ‘directors & officers’, argumentando que os administradores “não precisam dos seguros” porque recebem “10, 20 ou 30 vezes mais” para tomarem decisões de risco.

“Acho que se deve assegurar que os administradores têm as condições para tomarem as melhores decisões e não se estarem a condicionar por causa deste tipo de desproteção”, respondeu o ex-CFO, acrescentando que as responsabilidades que podem advir dessas decisões “podem ser muito elevadas”.

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