Trabalhadores da Misericórdia de Gaia em greve

Foto: Misericórdia de Gaia
| Norte
Porto Canal/Agências

Os trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia de Gaia, que nesta quarta-feira cumprem um dia de greve, reivindicam aumentos salários “dignos e justos”, a atualização das diuturnidades e a reclassificação profissional de trabalhadores de acordo com as funções exercidas.

“Pedem [os trabalhadores] um aumento de 25 euros acima da tabela da CNIS – Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade e a atualização de todas as diuturnidades de 21 para 25 euros”, disse à Lusa Francisco Figueiredo, dirigente do Sindicato dos trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte.

Segundo explicou, a tabela salarial teve um aumento de 55 euros, resultantes do aumento do salário mínimo nacional, “que é o que a esmagadora maioria destes trabalhadores recebe. É um salário muito baixo, para trabalhadores que prestam apoio ao domicílio e que tratam de idosos, o que exige sensibilidade e muito esforço”.

O dirigente sindical disse ainda que “a greve está com uma adesão grande em vários lares da misericórdia”.

Os trabalhadores concentraram-se no lar Almeida e Costa, tendo depois desfilado até à sede da Misericórdia de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto.

Segundo Francisco Figueiredo, os trabalhadores foram recebidos pelo diretor-geral e pelos recursos humanos da Misericórdia de Gaia, tendo entregado uma moção e solicitado que fosse marcada uma nova reunião.

“No fundamental, a Misericórdia, que sempre pagou acima da tabela da CNIS, que é uma tabela muito baixa, este ano recusou atualizar os salários de forma justa. Além disso, a Misericórdia recusou a atualização das diuturnidades, que já não são atualizadas há muitos anos”, sublinhou.

Além das questões dos salários e das diuturnidades, “a Misericórdia recusou resolver um grupo de outros problemas, relacionados com trabalhadores com horários de 40 horas semanais. Enquanto auxiliares de ação direta deviam trabalhar apenas 37 horas”, referiu Francisco Figueiredo.

“Estes trabalhadores estão mal classificados como empregados de quarto e empregados de enfermaria, o que é uma ilegalidade”, afirmou.

Nesta quarta-feira, o sindicato “verificou que a empresa tem trabalhadores ilegais, a substituir os grevistas, e também duas diretoras a fazer o apoio ao domicilio”.

“Achamos que isso é ilegal e chamamos a atenção da Misericórdia para pôr termo a essa situação. O sindicato nomeou pessoas para os serviços mínimos e essa nomeação tem de ser respeitada”, considerou.

Francisco Figueiredo admitiu ainda que tem “havido diálogo” com os responsáveis da instituição, mas hoje foi solicitada uma nova reunião para discutir as reivindicações dos trabalhadores.

“Vamos aguardar 15 dias para que seja marcada, se não acontecer tomaremos nós a iniciativa de agendar o encontro. Se recusarem, falaremos com os trabalhadores sobre novas formas de luta”, acrescentou.

A Lusa pediu esclarecimentos à Santa Casa da Misericórdia de Gaia e aguarda resposta.

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