Porto Ambiente recicla quase 70% dos resíduos da Queima das Fitas

Porto Canal
Quando pensamos em Queima das Fitas é inevitável não pensar na questão ambiental. Por um lado, temos o plástico e lixo produzido tanto na preparação como durante a queima, por outro toda a logística em torno deste evento. A boa notícia é que já foram reencaminhados para reciclagem 68% dos resíduos gerados pela Queima das Fitas do Porto. O destino dos restantes 32% será a valorização energética.
Para assinalar o Dia Mundial da Reciclagem, a 17 de maio, a Porto Ambiente revela os resultados do “Não dês barraca, recicla”, projeto piloto que promoveu junto dos estudantes, em parceria com a Federação Académica do Porto (FAP).
A iniciativa, através da qual cada barraquinha era convidada a depositar os seus resíduos na barraca especialmente criada para o efeito, conseguiu envolver os participantes num esforço de tornar a Queima das Fitas do Porto na mais sustentável do país.
Ao longo de toda a semana, em que milhares de estudantes e não estudantes passaram pelo Queimódromo, no Parque da Cidade, a empresa municipal recolheu mais de 17 toneladas de vidro, que representam mais de 50% dos resíduos recebidos.
Para o Município do Porto, estes valores demonstram o acolhimento da iniciativa por parte de todos os envolvidos e um enorme esforço por parte da Federação Académica do Porto (FAP) que, em conjunto com a Porto Ambiente, mobilizou uma equipa de voluntários da missão ambiental para a sensibilização de todos os participantes, de forma a garantir o correto encaminhamento dos resíduos.
No total, foram envolvidos 14 operacionais, em ações de sensibilização, gestão de resíduos e limpeza do espaço. A Porto Ambiente esteve também presente no Cortejo Académico, através de uma operação especial montada nos Jardins do Palácio de Cristal para desmantelamento dos carros alegóricos de cada faculdade.
Desta ação, resultaram cerca de 14,5 toneladas de resíduos, dos quais 98% foram encaminhados para reciclagem e 2% para valorização energética. Estes números superam os do ano passado, quando foram recolhidas 11 toneladas de madeira e 700 quilos de monstros não metálicos.
O objetivo da cidade Invicta e da FAP era claro desde o início e o compromisso foi cumprido. Lembrando que existe uma meta da neutralidade carbónica da cidade para 2030, em linha com os objetivos do Pacto do Porto para o Clima que a instituição subscreveu desde a primeira hora e com o Pacto da Queima das Fitas do Porto para o Clima, iniciativa pioneira levada a cabo nesta edição.