Reportagem ‘Caixa Negra’. A cronologia dos negócios da TAP

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Porto Canal / Helena Castro

O Porto Canal estreou esta quinta-feira uma série de reportagens sobre o passado e o presente da TAP. Neste primeiro episódio lembramos as perguntas que continuam por responder.

Depois da privatização da TAP pelo Governo de Passos Coelho, em 2015, António Costa decidiu reverter o processo. Em 2020 o Estado voltava a deter a maioria das ações da companhia.

Era o início de uma viagem que se mostrou demasiado turbulenta, tal como nos explica Carlos Alves, Professor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto. “Os interesses legítimos de ambos [Estado e privados] são absolutamente inconciliáveis. Os privados têm, naturalmente, o interesse de valorizar o seu investimento ou ter a rentabilidade para o investimento que fizeram. Isso é perfeitamente legítimo e o Estado tem, naturalmente, outros interesses para a empresa. Fizemos algo que não fazíamos em relação a companhias aéreas desde 1985. É um claro retrocesso”, explica.

A intervenção do Estado na TAP teve de se submeter à aprovação da União Europeia. O plano de reestruturação nunca foi tornado público mas algumas das medidas foram imediatamente visíveis. “A verdade é que quem pagou depois a fatura foram os trabalhadores, foram 500 em várias áreas. Para quê? Para transformar uma TAP, não numa ‘tapezinha’ mas, atrativa para um possível comprador privado”, diz Ricardo Penarróias, Presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil.

O braço de ferro entre trabalhadores e administração levou a várias greves em 2022. Antes disso, a empresa viveu dois anos de luta para manter os aviões no ar. Foram reduzidas rotas, dispensados trabalhadores e sobrecarregados os que continuaram.

Ao longo do denominado processo de recuperação da empresa foram injetados pelos portugueses mais de 3 mil milhões de euros na TAP. Dizia o governo que, ao país, sairia mais caro deixar cair a companhia. “Existe um aspeto que ainda não está devidamente esclarecido e que merece esclarecimento, que é saber porque é que o Estado pagou 55 milhões de euros aos acionistas privados para estes cederem o seu capital. Nenhum investidor privado teria pago a um outro sócio para abandonar o capital de uma empresa que está falida.”, diz Carlos Alves.

As polémicas continuaram, com várias demissões e conflitos entre a companhia aérea portuguesa e o Estado.

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