Marginal de Caxinas terá “uma nova centralidade”. A obra custará três milhões de euros

Porto Canal
A Câmara Municipal de Vila do Conde vai avançar com a obra à superfície na marginal de Caxinas. Um parque, uma praça e um anfiteatro vão dar uma nova roupagem a esta zona da cidade. No total, são 10 mil metros quadrados de espaço público. O investimento é de três milhões de euros e para o presidente da autarquia Vítor Costa, no final das obras, as Caxinas terão “uma nova centralidade”.
Até ao final do mês de maio será lançado o concurso. "Será um espaço de fruição completamento liberto com zonas ajardinadas, um parque infantil, um pequeno anfiteatro, uma pérgula panorâmica para desfrutar daquela vista para o mar”, esclareceu esta segunda-feira, em conferência de imprensa, Vítor Costa, citado pelo ‘Jornal de Notícias’.
Embora os armazéns de pesca já estejam prontos há mais de um ano, os tapais de obra impossibilitam vislumbrar o mar. Segundo Vítor Costa, que foi citado pelo mesmo jornal, a responsabilidade é da situação “absolutamente esdrúxula”, desencadeada pelo antigo executivo: "Num solo que pertence à Docapesca, a Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar construiu 115 armazéns de pesca que, por cima, terão uma obra da Câmara de Vila do Conde. Não lembra ao diabo", acrescentou o presidente.
Mais de um ano de obra
O arranjo da superfície foi assumido pela Câmara, ainda encabeçada por Elisa Ferraz. Neste mandato, Vítor Costa deu seguimento ao projeto que, neste momento, está finalizado. A Câmara Municipal já realizou uma pré-candidatura ao próximo quadro comunitário, todavia o autarca assegura que com ou sem investimento da Europa, a obra arranca “ainda este ano” e deverá alongar-se por um período de 18 meses."É absolutamente urgente. Não podemos ter aqueles tapumes ali e, se não avançarmos com a obra de remate, haverá consequências para os armazéns", realçou na conferência de imprensa.
O objetivo é unir o que falta da marginal, de modo a que a zona, à “porta” da marina da Póvoa deixe de ser intitulada “terra de ninguém”. Do lado sul dos armazéns, sobra um terreno para onde já chegou a ser planeado um Museu do Mar. De acordo com o presidente da Câmara, essa será uma segunda etapa dos trabalhos: “É preciso fazer o projeto e procurar financiamento. Qualquer que fosse o projeto, seria sempre outro tanto e, neste momento, seis ou sete milhões numa só obra seria incomportável, mas é uma coisa que teremos que pensar, logo que esteja lançado este concurso".
Há uma estimativa para que em junho comece a funcionar o Centro Comunitário das Caxinas. Vítor Costa falou numa derrapagem “temporal e orçamental” na empreitada e enunciou que, atualmente, a Câmara Municipal conta com uma equipa para tratar do programa funcional do espaço, que servirá, essencialmente, para a realização de atividades desportivas.
Ainda nesta segunda-feira, a autarquia disse estar disponível para conceder ao Centro Social e Paroquial das Caxinas o terreno que está localizado a norte da Igreja do Senhor dos Navegantes, de forma a ser construída um meio de auxílio à terceira idade. Vítor Costa revelou estar pronto a ajudar, uma vez que esta é uma área de que as Caxinas estão a necessitar.