Ex-presidente da Câmara de Espinho vai continuar em prisão preventiva
Porto Canal
Miguel Reis, antigo presidente da Câmara Municipal de Espinho, vai manter-se em prisão preventiva, naquela que é uma deliberação tomada pelo Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, revelada na edição desta quinta-feira do ‘Jornal de Notícias’.
De acordo com o JN, esta decisão é suportada pelo facto da juíza do processo considerar que existe o perigo de continuação da atividade criminosa e de perturbação do inquérito.
Recorde-se que o autarca socialista foi detido no início do ano, em conjunto com o empresário Francisco Pessegueiro, tendo acabado por renunciar ao mandato na Câmara de Espinho, para o qual tinha sido eleito em 2021.
A operação da Polícia Judiciária (PJ), denominada de Vórtex, contou com a presença de magistrados do Departamento de Investigação e de Ação Penal (DIAP) Regional Porto, investigadores e peritos financeiros da Diretoria do Norte, bem como de peritos informáticos de várias estruturas daquela polícia.
“A investigação versa sobre projetos imobiliários e respetivo licenciamento, respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras, envolvendo interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros, tramitados em benefício de determinados operadores económicos”, explicou a PJ.
Miguel Reis foi eleito presidente da Câmara de Espinho pelo PS nas autárquicas de 2021, com 40,23% dos votos e era também o presidente da concelhia do PS de Espinho, depois de ter sido reeleito para o cargo em outubro de 2022.