A comunidade trans saí à rua nesta sexta-feira em protesto contra problemas, nomeadamente com cuidados de saúde, trabalho e habitação.

Esta sexta-feira é marcada pelo Dia Internacional da Visibilidade Trans. As marchas de protesto arrancarão pelas 18h00 na Praça dos Poveiros, no Porto, e às 17h30 na Alameda, em Lisboa.

Em causa está o tempo de espera de acesso a tratamento hormonal e cirurgia de resignação de sexo que, de acordo com o Jornal de Notícias (JN), são de dois anos e cinco anos, respetivamente. Um dos porta-vozes das marchas, Gil Ubaldo, disse ainda que, apesar das alterações legislativas no sentido da autodeterminação, não sentiu alterações na prática.

Outro dos motivos que originou o descontentamento da comunidade foi, segundo o JN, a dificuldade de acesso a emprego e habitação. De acordo com o Gil Ubaldo, as pessoas trans são facilmente rejeitadas a empregos e, consequentemente, não conseguem arranjar casa.

Gil Ubaldo sublinha ainda que, em particular as mulheres, forem frequentemente violência na rua e que quando as vítimas denunciam tais atos, são invisibilizados.