Um grupo de 38 alunos da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) desafiou 70 estudantes do ensino secundário, de oito escolas do Norte do país, a desenvolverem um negócio e a tentarem vendê-lo na baixa da cidade Invicta, esta quarta-feira.

Os autores desta ideia integram a StartUp Buzz, uma organização estudantil sediada na FEP, que promove o empreendedorismo junto da população académica, mas que, desta vez, quis alargar a missão ao ensino secundário.

Idealizaram o evento Buzz Cash com o intuito de preparar os jovens para o futuro que os espera. Esta quarta-feira, reuniram estudantes do Porto, Braga, Aveiro, Santo Tirso, Trofa e Espinho e convidaram-nos a dar asas à imaginação.

 

 

 

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Durante a manhã, os participantes foram recebidos com várias atividades de integração e comunicação. Em seguida, assistiram a uma apresentação que lhes deu algumas “luzes” para que no final da manhã estivessem prontos para criar os próprios negócios.

No final da manhã foi altura de por mãos à obra. Os alunos que, entretanto, se dividiram em 14 equipas, tiveram de decidir, em grupo, qual seria o negócio que iriam vender nas ruas portuenses.

Idealizados os negócios, as equipas correram a comprar os materiais necessários para concretizar as respetivas ideias, tendo um teto máximo de cinco euros. Em seguida, deram vida aos projetos que durante a tarde desfilaram pela Invicta.

Hora de arregaçar as mangas

Às 14h30, já estavam prontos para vestir a pele de empresários e começar a negociar. O objetivo era persuadir as pessoas que se cruzavam no caminho a comprar os produtos.

Alguns grupos optaram por vender produtos como flores, marcadores de livros com frases motivacionais e pulseiras da sorte. Outros tiveram ideias diferentes e criaram jogos com prémios para os vencedores.
Tiveram três horas, para vender o “seu peixe”. O objetivo era recolher o maior valor, de forma a ganhar o Buzz Cash.

Fizeram-se à estrada para tentar vencer a atividade. Percorreram a baixa da cidade desde a Cordoaria até à Ribeira, tiveram de perder a vergonha e falar com portuenses e estrangeiros.

De acordo com Vincent de Sousa, aluno do CLIB, “as reações foram 50/50”. Se por um lado, houve pessoas interessadas, que pararam para os ouvir e compraram os produtos, por outro houve quem nem sequer os deixasse explicar em que consistiam as ideias.

Isabel Ribeiro, estudante da mesma instituição, acredita que depois desta tarde está melhor preparada para os percalços do futuro. “Fez-me perceber que no mundo vamos ouvir várias vezes um não e temos de estar preparados para isso”, acrescenta.

Leonor Monteiro, estudante do Colégio D. Dinis, partilha da mesma opinião e acredita que esta atividade lhe deu mais competências ao nível da comunicação.

Terminado o dia, os estudantes regressaram a casa com a certeza de que agora estavam um passo mais perto de estar prontos para as surpresas que o futuro lhes reserva.

No total, foram arrecadados 555 euros, que converteram a favor de instituições à escolha de cada um dos grupos.

Notícia editada por Francisco Graça