Recusa de documento para viajar pode estar na origem do ataque ao Centro Ismaili de Lisboa

Recusa de documento para viajar pode estar na origem do ataque ao Centro Ismaili de Lisboa
| País
Porto Canal

Na véspera do ataque ao Centro Ismaili, em Lisboa, Abdul Bashir recebeu um telefonema a negar um documento oficial que precisaria para a viajar com os filhos para a Suíça.

Dessa forma, e tal como avança o ‘Jornal de Notícias’ esta quinta-feira a nega deste documento poderá estar na origem do ataque que levou o refugiado afegão a matar duas assistentes sociais e a ferir um professor no Centro Ismaelita de Lisboa.

Esta é uma das hipóteses que ajuda a explicar o ato cometido por Abdul Bashir na passada terça-feira.

Segundo o diretor nacional da Polícia Judiciária, Luís Neves, não há “um único indício” de terrorismo, apontando para um cenário de possível “surto psicótico”. Já esta possibilidade de que Abdul Bashir “sofrerá de problemas psiquiátricos” tinha sido levantada pela ‘SIC Notícias’.

Em conferência de imprensa na sede da Polícia Judiciária, Luís Neves confirmou que o afegão de 34 anos tinha viagem marcada com os três filhos menores e frisou a ideia de que “não havia qualquer sinal de radicalização religiosa”.

Entretanto o Ministério Público abriu um inquérito ao ataque ocorrido no Centro Ismaili em Lisboa. A investigação está a cargo da Polícia Judiciária, sob a orientação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do MP, encontrando-se sujeita a segredo de justiça.

As crianças encontram-se agora numa instituição onde poderão continuar em contacto com a comunidade e a frequentar o Centro Ismaili.

O homem de 34 anos está internado no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, e quando receber alta médica será apresentado pela Polícia Judiciária a um juiz de instrução.

Abdul Bashir, residia em Odivelas, é viúvo após ter perdido a mulher num campo de refugiados na Grécia. Chegou a Portugal em outubro de 2021, juntamente com os três filhos de quatro, sete e nove anos e era visitante assíduo do centro Ismaili onde, inclusive, ia buscar alimentos.

 

+ notícias: País

PR não quer esperar mais sobre novo aeroporto. "Venha uma decisão" até ao final do ano

O Presidente da República disse este sábado, em Santarém, esperar que, depois de uma “longa espera” por um aeroporto “previsto há mais de 50 anos”, desta vez haja uma decisão, sendo que “haverá sempre quem concorde e quem discorde”.

Protesto contra o aumento do custo de vida junta manifestantes no Porto, Guimarães e Lisboa

O protesto nacional contra o aumento do custo de vida junta centenas de manifestantes por todo o país. Porto, Guimarães e Lisboa são apenas algumas das cidades que se juntaram ao movimento “os mesmos de sempre a pagar”.

António Costa: Políticos têm de respeitar o que os portugueses decidiram nas eleições

O secretário-geral do PS afirmou este sábado que os portugueses resolveram uma "grave e efetiva" crise política há um ano, referindo-se à maioria absoluta alcançada nas legislativas de 2022, cabendo agora aos políticos respeitarem essa decisão.