Novo atraso. Liceu Alexandre Herculano, no Porto, não reabre em abril
Ana Mota
Depois de mais de três anos de empreitada no antigo Liceu Alexandre Herculano, no Porto, a reabertura da escola sofre um novo atraso. O regresso dos alunos só deverá acontecer no próximo ano letivo. A obra está praticamente concluída mas falta o imobiliário e a testagem dos equipamentos.
O regresso dos cerca de 500 alunos estava previsto ainda para este ano letivo. A Câmara Municipal do Porto, que assumiu a responsabilidade pela obra de reabilitação e uma parte dos encargos, apontou para abril a reabertura do liceu mas a data não será cumprida.
Ao Porto Canal, Manuel Lima, diretor do Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano, que tinha o desejo que os alunos do 12º ano concluíssem o ano letivo no renovado equipamento, diz que os alunos só regressam no próximo ano letivo. “A obra demorou um pouco mais daquilo que estávamos à espera porque houve alguns imprevistos. Ainda assim, sempre vimos a obra a avançar e isso tranquilizou-nos. As várias entidades conseguiram concertar as várias vontades”, explica.
Segundo Manuel Lima, a empreitada do interior do edifício já está concluída, já foi feito o levantamento das necessidades de imobiliário e já estão a ser feitos testes de equipamento. “O interior está praticamente concluído, neste momento estão a ser feitas as últimas testagens de equipamentos e está a ser dada formação ao pessoal da cantina e do bar”.
Para o diretor do Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano o ideal seria que os alunos, agora no 12º ano, terminassem o ano letivo na escola onde começaram o percurso académico. “Infelizmente não será possível, o que gostava agora é que, quando a obra for entregue, os alunos pudessem experimentar e beneficiar de alguma prática letiva antes da escola abrir”.
O antigo liceu Alexandre Herculano foi palco de vários atrasos na empreitada. A reabilitação da escola custou 14 milhões de euros, suportados por fundos comunitários, Ministério da Educação e Câmara Municipal do Porto. Depois da intervenção no edifício, segue-se uma segunda empreitada de arranjos exteriores. Em falta está a construção do campo de jogos coberto.
O Porto Canal contactou a GO Porto, empresa municipal responsável pela obra, que não respondeu em tempo útil às questões colocadas.