O refugiado afegão de 34 anos matou esta terça-feira duas assistentes sociais no Centro Ismaili, em Lisboa. Abdul Bashir tinha acabado de receber um telefonema, cerca das 11h, quando depois atacou com uma faca de grandes dimensões as duas mulheres.

Segundo avança o ‘Jornal de Notícias’, Abdul Bashir agiu como se uma daquelas mulheres “fosse um alvo”, pois o ataque aconteceu instantes depois do tal telefonema suspeito que recebeu.

Farana Sadrudin, com cerca de 40 anos, e Mariana Jadaugy, cerca de 20, eram assistentes sociais portuguesas de ascendência indiana.

O incidente provocou ainda um ferido, um professor de Português que tentou socorrer as vítimas. O professor sofreu ferimentos no peito e no pescoço e foi transportado para o Hospital de Santa Maria.

Na chegada PSP ao local, Abdul Bashir dirigiu-se aos polícias de faca na mão e teve de ser neutralizado com um tiro na perna.

Tal como noticiou o jornal ‘Expresso’, Abdul Bashir chegou a Portugal em outubro de 2021, juntamente com os três filhos de quatro, sete e nove anos. Era visitante assíduo do Centro Ismaili onde, inclusive, ia buscar alimentos.

Abdul Bashir, residente em Odivelas, é viúvo após ter perdido a mulher num campo de refugiados na Grécia. Segundo apurou a ‘SIC Notícias’, o homem afegão ismaelita “sofrerá de problemas psiquiátricos”.

Em 2021, antes de vir para Portugal, fez um vídeo nas redes sociais a pedir apoio através da rede SOS Refugiados.

Segundo revela uma pessoa próxima do suspeito ao ‘Semanário’, Abdul Bashir terá assistido a “muita coisa má” na altura em que se encontrava com a família num campo de refugiados na Grécia. Terá sido através de um acordo entre Portugal, Grécia e a fundação Aga Khan, que veio para Portugal.

Na manhã desta quarta-feira, em conferência de imprensa, o Diretor Nacional da Polícia Judiciária afastou o cenário de terrorismo no ataque ao Centro Ismaelita em Lisboa.