Mais de 21 mil diligências foram adiadas por causa da paralisação nos tribunais, sendo a comarca do Porto uma das mais afetadas.

Desde fevereiro, foram adiadas mais de 21 mil diligências judiciais a nível nacional, com a comarca do Porto a destacar-se devido ao adiamento de mais de 4 mil diligências, 20% do total nacional, entre 15 de fevereiro e 17 de março.

O vice-presidente do PSD, Paulo Cunha, destaca a falta de recursos e o défice de funcionários nos tribunais que refletem um desinvestimento do Governo na justiça portuguesa.

“Há um défice de funcionários de justiça que ultrapassa já o milhar. Há mais de mil lugares de funcionários de justiça que deviam ser preenchidos e que não sendo preenchidos contribuem e muito para esta paralisação” referiu.

O social democrata assegura que esta paralisação é consequência da insensibilidade do Governo perante as reais necessidades dos tribunais.

Na semana passada, foi aprovado o parecer pedido pelo Ministério da Justiça sobre a greve dos funcionários judiciais.

O Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República considera a greve ilegal e alerta para as possíveis consequências como processos disciplinares e perdas de salários.