Fusão do Instituto Gulbenkian com o Instituto de Medicina Molecular está em curso

Porto Canal
A fusão do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) com o Instituto de Medicina Molecular (IMM), na Universidade de Lisboa está a ser negociada. Caso o projeto se concretize, será criado um instituto biomédico de dimensão europeia.
A proposta foi aprovada pelo conselho de administração da Fundação Calouste Gulbenkian, a 14 de dezembro. No dia 20 de dezembro, os 280 investigadores do IGC já tinham conhecimento dos planos.
A 31 de janeiro, a diretora executiva e o vice-diretor do IMM tiveram uma reunião com todos os trabalhadores do instituto para lhes comunicar que o processo de fusão já estava em andamento.
Este projeto pretende criar uma instituição capaz de assumir um papel mais relevante a nível europeu, em comparação com o que ambas as instituições assumem atualmente, revela a Fundação Gulbenkian ao Público.
Perante as novidades, surgiram vários opositores. Mais de 100 antigos estudantes dos programas de doutoramento do IGC revelaram-se preocupados com a perda de identidade da instituição devido a esta fusão, numa carta dirigida a António Feijó, a 5 de janeiro.
A diretora do IGC discorda dos antigos estudantes e confessa ao Público que tem esperança de que o novo instituto possa potencializar as competências de ambas as fundadoras, de forma a desempenhar um papel mais estruturante na ciência portuguesa e europeia
Já Maria Mota, diretora-executiva do IMM, alerta para o facto de ainda ser cedo para criar expectativas, visto que o projeto ainda está em desenvolvimento.
De acordo com os cientistas do IGC, ainda falta definir o estatuto legal do novo instituto e apurar parceiros que financiem o projeto para que possa ser posto em prática, revelam ao Público.