Gestão dos museus em Lisboa. Autarcas do Norte falam de uma decisão centralizada e descabida

| Norte
Porto Canal

Os autarcas do Norte consideram que a decisão do Ministério da Cultura de voltar a centralizar a gestão dos museus não faz sentido e contraria todo o processo de descentralização que se tem vindo a implementar.

Em causa está a vontade de o Ministério da Cultura querer passar a gestão de sete museus do Norte para a Direção-Geral do Património em Lisboa.

Os presidentes de câmara das autarquias do Norte defendem que a gestão cultural fica melhor entregue aos municípios e não acreditam que esta decisão possa ir para a frente.

Ao Porto Canal, Rui Santos, Presidente da Câmara Municipal de Vila Real, considerou que esta vontade não passa de um “delírio de alguém que numa noite mal dormida decidiu lançar este tema, porque aquilo que temos verificado por parte do Estado Central é exatamente o contrário”. Rui Santos falava de “passagem de competências para os municípios, passagem de competências para a Direção Regional da Cultura do Norte e para a CCDR – Norte (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte)”.

Hernâni Dias, Presidente da Câmara Municipal de Bragança, confessou sentir-se “perplexo com esta decisão”. “Lisboa não tem o conhecimento do terreno e vivência para fazer a gestão adequada”, disse o autarca.

Para Helena Barril, Presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, esta é uma “decisão que contraria todo o espírito de descentralização que se tem assumido”. A autarca destaca ainda o bom trabalho que tem sido feito pela Direção Regional do Norte e considerou que ainda existem muitas dúvidas por detrás da vontade do Ministério da Cultura.

Com o processo de descentralização em andamento, os autarcas do Norte consideraram que esta reorganização que o ministério de Pedro Adão e Silva quer levar avante será um claro retrocesso.

Ao Porto Canal, o Ministério da Cultura confirmou que está em andamento uma profunda reorganização da Direção-Geral do Património, o que pode condicionar o processo de desconcentração nesta área.

Do outro lado está Ana Abrunhosa, que já veio contrariar a posição. A ministra da Coesão Territorial defendeu que a tendência lógica é que a gestão destes equipamentos passe para os municípios, dando continuidade ao processo de descentralização que já está em marcha em várias áreas.

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