Moradores de zonas de risco impedidos de sair de casa em dias propícios a incêndios
Porto Canal
Os moradores de zonas de risco de incêndio elevado e muito elevado, próximas de áreas florestais, não podem sair de casa nos dias em que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) previr temperaturas elevadas e níveis de humidade propícios à ocorrência de fogos rurais.
Emílio Torrão, presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra denuncia que a Carta de Perigosidade limita os direitos dos cidadãos que vivem junto a áreas florestais.
O líder da CIM de Coimbra rejeita o documento uma vez que, na sua perspetiva, não resolve a situação de perigo vivida na zona florestal em dias de especial calor e ainda pode resultar em elevados prejuízos ao nível do turismo, por exemplo, informa o JN.
Fernando Queiroga, membro do conselho diretivo da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), receia que a retirada de pessoas destes territórios contribua para o aumento do número de incêndios, já que nesta condição a autarquia ficaria responsável pela limpeza de toda a área de perigosidade, de acordo com o JN.
Os autarcas alertam para o facto de a carta não estar atualizada e de ser urgente adequá-la à realidade territorial. Para atender a estas reivindicações, a comissão de acompanhamento pediu a suspensão da carta até 31 de dezembro, ao ministro do Ambiente.
Por enquanto, os planos municipais de defesa da floresta contra incêndios vão continuar em vigor.