Banco Central Europeu anuncia nova subida das taxas de juro

Banco Central Europeu anuncia nova subida das taxas de juro
| Economia
Porto Canal / Agências

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu esta quinta-feira subir as suas taxas de juro em 50 pontos base, apesar da agitação que se vive no setor bancário.

A falência do Silicon Valley Bank (SVB), nos Estados Unidos, e as suas repercussões em outras instituições bancárias criaram um clima de incerteza quanto a este novo aumento.

Na segunda-feira, face ao nervosismo nos mercados com a agitação no sistema financeiro, após o colapso do SVB e dificuldades em várias outras entidades bancárias norte-americanas, os dirigentes europeus tentaram acalmar os ânimos, afirmando que não há risco de contágio e que "o sistema bancário é sólido", repetindo uma afirmação que o próprio Presidente norte-americano, Joe Biden, fez logo de manhã, numa declaração na Casa Branca.

Quando esta turbulência financeira vinda dos Estados Unidos estava longe de surgir, a presidente do BCE, Christine Lagarde, anunciou, ainda em fevereiro, que seria quase certo um novo aumento de 50 pontos base nas taxas de juro na reunião de março.

Lagarde repetiu essa intenção em várias intervenções públicas, numa altura em que a inflação na zona euro continua a evoluir em níveis que ultrapassam largamente a meta de 2% a médio prazo fixada pelo BCE.

Depois do aumento de preços que se seguiu à ofensiva russa na Ucrânia, o BCE iniciou em julho passado um ciclo inédito de subida das taxas de juro, pondo fim a uma década de dinheiro barato.

Mas, o consenso alcançado até agora no Conselho do BCE quanto ao endurecimento da política monetária deverá dar lugar a "um debate muito animado" na reunião de esta quinta-feira sobre o que se segue, segundo Carsten Brzeski, economista da ING.

Os defensores de uma política mais flexível por parte da instituição monetária poderão defender uma abordagem mais prudente a partir de agora, contra a continuação de aumentos mais agressivos no custo do dinheiro que tem sido preconizada pelos chamados 'falcões'.

Lagarde tem afirmado que fará "tudo o que for preciso" para restabelecer a estabilidade de preços.

A taxa de inflação na zona euro recuou em fevereiro pelo quarto mês consecutivo e passou para 8,5%, quando tinha ficado em 8,6% em janeiro, segundo o Eurostat, mas a inflação subjacente, que exclui os preços da energia e dos alimentos e é considerada mais representativa das tendências a longo prazo, atingiu um nível recorde de 5,6% em fevereiro.

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