Gouveia e Melo admite descontentamento com o estado dos navios da Marinha

Gouveia e Melo admite descontentamento com o estado dos navios da Marinha
| País
Porto Canal/Agências

O chefe do Estado-Maior da Armada admitiu esta quinta-feira estar descontente com o estado real dos navios da Marinha, que disse ser do conhecimento do Governo, e manifestou empenho em resolver a situação.

"É do conhecimento dos poderes instituídos o estado real da Marinha, pois nunca faltámos ao nosso dever de informar quem de direito, de forma clara e transparente, com diligência e veemência", acentuou o almirante Gouveia e Melo num discurso perante a guarnição do navio Mondego, no Funchal, a que a agência Lusa teve acesso, incluindo os 13 militares que se recusaram no sábado a embarcar, fazendo abortar uma missão de acompanhamento de uma embarcação russa.

Na intervenção, o chefe da Armada admitiu o seu descontentamento com o estado dos navios, prometeu empenho e alterar a situação, mas alertou que não vai "mudar instantaneamente".

"Se estou contente com o estado da esquadra? Não! Se estamos a trabalhar empenhados, todos, em alterar esse estado de coisas? Sim!", frisou.

Gouveia e Melo alertou, contudo, que os recursos colocados à disposição "são aqueles que o país pode disponibilizar" e com os quais a Marinha fará "o máximo" que puder para garantir a Portugal "o uso do mar".

O chefe da Armada foi depois bastante duro com os 13 militares que desobedeceram às ordens, cujo ato "será certamente lembrado por muitos anos nesta Marinha".

"A Marinha não pode esquecer, ignorar, ou perdoar atos de indisciplina, estejam os militares cansados, desmotivados ou preocupados com as suas próprias realidades", acentuou, questionando diretamente os militares revoltosos: "Que interesses os senhores defenderam? Os da Marinha não foram certamente, os vossos muito menos. Só unidos venceremos dificuldades e vocês desuniram-nos."

Gouveia e Melo disse ainda não poder seguir os militares insubordinados nas suas preocupações, que considerou "exageradas e claramente dissonantes" da respetiva estrutura de comando, "um militar nunca poderá desautorizar a linha hierárquica".

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